No RS, Lula defende saúde, moradia, educação e fim da desigualdade no mundo

Presidente participou nesta sexta (30) de entrega de residências do Minha Casa, Minha Vida em Viamão e da inauguração de dois blocos do Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Crédito: Ricardo Stuckert

Presidente Lula visita residência entregue do Minha Casa, Minha Vida em Viamão (RS)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou, nesta sexta-feira (30), o Rio Grande do Sul para duas agendas que são prioridades de seu terceiro governo na Presidência da República. Ele assumiu um novo desafio, fazer uma campanha mundial, com o apoio do Papa Francisco, contra a desigualdade no planeta Terra – tarefa de quem já mostrou que é possível acabar com a fome e tornar o Brasil uma das principais economias mundiais.

Na cidade de Viamão, pela manhã, Lula visitou uma casa e entregou a chave a moradora de uma das 446 residências do condomínio Viver Coometal, construído por meio da modalidade Entidades do Minha Casa, Minha Vida, que ao todo beneficiará 1.784 pessoas.

Lula estava acompanhado pelos ministros das Cidades, Jader Filho, e da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, além do governador do Estado, Eduardo Leite, e do prefeito de Viamão, Nilton Magalhães, além do ex-governador Olívio Dutra e deputados federais como Bohn Gass e Maria do Rosário, entre outras autoridades.

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O empreendimento, que começou a ser construído ainda no segundo governo da presidenta Dilma Rousseff, recebeu o investimento total de R$ 39,8 milhões, sendo R$ 37,6 milhões do governo federal e R$ 2,2 milhões de contrapartida do governo do estado.

Na cerimônia, Lula voltou a defender a importância de colocar o povo pobre não só no orçamento do governo federal, mas também nos orçamentos das prefeituras e dos estados e afirmou que seu governo vai contratar dois milhões de moradias do programa Minha Casa, Minha Vida até 2026. “A minha experiência de oito anos na Presidência e a minha experiência de agora é que a coisa mais barata é cuidar do povo pobre”, afirmou Lula.

O presidente também defendeu a necessidade de consultar a população na definição de políticas públicas e citou a experiência inovadora de seu governo, que implementou neste ano o PPA Participativo (Plano Plurianual Participativo).

“A companheira Simone Tebet e o companheiro Márcio Macedo estão viajando os 27 estados do Brasil fazendo reuniões com as pessoas para discutir o que elas querem que o governo federal coloque no orçamento”, disse o presidente fazendo referência, respectivamente, aos ministros do Planejamento e Orçamento e da Secretaria-Geral da Presidência.

Durante o discurso, Lula defendeu o combate ao ódio que dominou a política nacional sob o governo de Bolsonaro. “Quando venho ao Rio Grande do Sul, eu não quero saber de que partido é o governador ou prefeito. Eu quero saber quem é o representante legal da cidade ou do estado que tenho de manter a relação mais civilizada.”

Após a vitória nas urnas, Lula chamou os 27 governadores de Estado em Brasília para repartir com eles a responsabilidade de produzir projetos. “Este ano, só em infraestrutura, nós vamos investir R$ 23 bilhões do orçamento. Isso é mais do que o governo anterior investiu em quatro anos.”

Lula afirmou que foi conversar com o Papa Francisco porque pretende fazer uma campanha contra a desigualdade no mundo. “Não é possível a desigualdade racial, de classe, de gênero, de educação, na saúde, de pessoas na rua, na comida. Há uns que comem dez vezes por dia e tem gente que passa três dias sem comer. Não é justo e não é normal. Isso não está na bíblia, não está na declaração universal dos direitos humanos e não está na nossa Constituição”, afirmou o presidente.

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HC de Porto Alegre

No fim da tarde, o presidente Lula participou da inauguração dos Blocos B e C dos Hospital de Clínicas de Porto Alegre, resultado de mais de R$ 500 milhões investidos pelo governo da presidenta Dilma Rousseff, que agora se torna realidade.

Em uma cerimônia emocionante, Lula chorou ao ouvir o discurso da estudante de medicina Marilza Vallejo Belchior, “mulher preta, brasileira e oriunda da escola pública, fruto das ações afirmativas (lei de cotas)”.

Acompanhado pelos ministros Paulo Pimenta, Nísia Trindade (Saúde) e Camilo Santana (Educação), Lula afirmou que nenhum país do mundo se desenvolveu antes de investir em educação, “é a educação que pode fazer a revolução social que um país precisa”.

Ao entregar um dos mais modernos centros de saúde pública do Brasil, Lula afirmou que a pandemia e um governo negacionista mostraram a importância do Sistema Único de Saúde (SUS), promulgado durante a Constituinte de 1988. “A gente estava fazendo uma coisa que nenhum país do mundo com mais de cem milhões de habitantes havia feito, universalizar a saúde pública”, disse.

O presidente reafirmou o compromisso de sua volta à Presidência.  “Eu voltei porque acho que a gente vai construir o país que a gente quiser, do tamanho que a gente quiser e com a cara que a gente quiser.”

Da Redação

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