ONU firma pacto global do clima para conter aquecimento da Terra

Documento aprovado também determina que a cada cinco anos haja um balanço global do cumprimento das metas nacionais, como proposto pela presidenta Dilma Rousseff em seu pronunciamento no abertura do COP21

Foto: Arnaud Bouissou/ COP21

O acordo global do clima, divulgado na manhã deste sábado (12) pelo ministro francês Laurent Fabius, presidente na 21ª Conferência do Clima (COP21) realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em Paris, foi aprovado na reunião plenária do evento realizada esta tarde.

Representantes dos 196 países-membros da ONU votaram pela aprovação do documento multilateral. O Acordo de Paris estabelece como limite do aquecimento do planeta até o final deste século bem menos que os dois graus celsius (2°C) propostos por estudos científicos.

A redução ficará na faixa de 1,5°C e provocou protestos de ambientalistas nas ruas da capital francesa, tão logo houve o anúncio do seu teor.

O documento também postula o repasse de US$ 100 bilhões, cerca de R$ 378 bilhões pela cotação de hoje, por ano dos países ricos como piso da ajuda aos mais pobres para combate ao aquecimento, até 2025.

Também determina que a cada cinco anos haja um balanço global do cumprimento das metas nacionais, para eventuais correções e ajustes, como proposto pela presidenta Dilma Rousseff em seu pronunciamento no dia da abertura do encontro.

Este é o primeiro acordo sobre clima desde o Protocolo de Kyoto de 1997. A sessão de aprovação encerrou as negociações que reuniu durante 12 dias a cúpula global das nações, na fragilizada Paris pós-ataque terrorista, no qual morreram 130 pessoas e outras 350 ficaram feridas.

O acordo é o primeiro compromisso, com adesão de todos os países, para redução de emissões de gases tóxicos, carregados de carbono. Eles são causadores do aquecimento global resultante da queima de combustíveis fósseis e florestas, entre outros agentes. O acordo vale a partir de 2020.

“Ajudar a proteger os pequenos estados insulanos (ilhéus) do aumento do nível do mar, apoiar tecnologicamente o desenvolvimento da África, ajudar a América Latina a proteger suas florestas, assistir os países petroleiros na diversificação do modelo energético e criar resiliência para todos, é disso que o acordo trata”, expôs Fabius.

O pacto é, segundo o ministro do exterior, “imprescindível para garantir a segurança alimentar, a saúde pública, os direitos fundamentais e a paz”.

Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias, com informações da imprensa

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