ONU: “Lugar mais perigoso para mulheres é a própria casa”

Relatório elaborado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime expõe que 58% dos feminicídios são cometidos por companheiros ou familiares

Elza Fiuza/Agência Brasil

O feminicídio foi tipicado como crime hediondo em março de 2015

O número de mulheres assassinadas por seus parceiros está crescendo gradualmente em todo o mundo. No ano passado foram cerca de 50 mil vítimas de feminicídio, ou seja, seis mulheres a cada hora, segundo noticiou o G1 com base num documento elaborado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Onudd).

No ano de 2017, 87 mil mulheres foram vítimas de feminicídio, 58% dos crimes foram cometidos por companheiros ou familiares, tornando o lar o “lugar mais perigoso para as mulheres”.

“No mundo todo, em países ricos e pobres, em regiões desenvolvidas e em desenvolvimento, um total de 50 mil mulheres são assassinadas todo ano por companheiros atuais ou passados, pais, irmãos, mulheres, irmãs e outros parentes, devido ao seu papel e a sua condição de mulheres”, afirma o documento.

A ONU considera que um “aspecto crucial” para enfrentar o problema é envolver os homens na luta e “desenvolver normas culturais que se afastem da masculinidade violenta e dos estereótipos de gênero”. A organização também defende uma “educação precoce de meninos e meninas, que promova a igualdade de gênero e ajude a quebrar os efeitos negativos dos papéis de gêneros estereotipados”.

Políticas voltadas a segurança das mulheres

No Brasil, os governos do PT criaram diversas políticas de proteção e apoio a vítimas, alguns exemplos são a Lei Maria da Penha, reconhecida internacionalmente, a Lei do Feminicídio, que tipifica esse crime como hediondo, e a Casa da Mulher Brasileira, que é continuidade das medidas de combate a violência contra a mulher.

Da Redação da Secretaria Nacional de Mulheres do PT com informações do G1

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