País não avançará sem respeito à Constituição, afirma Rogério Carvalho
“Não há civilidade sem a minoria poder se manifestar, sem o diferente poder se manifestar, sem o contraditório ser colocado”
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O senador Rogério Carvalho (SE), vice-líder do PT no Senado, afirmou nesta segunda-feira (18) não haver espaço para que o Brasil avance no processo civilizatório sem o devido respeito à Constituição de 1988. Na avaliação de Rogério, a sociedade está perdendo a capacidade de conviver pacificamente e lidar com o contraditório e o multilateralismo de ideias.
Em tempos de intolerância e uso exacerbado da força, segundo o parlamentar, é necessária a reafirmação da civilidade e do diálogo na construção de novos caminhos para o País. “Não há processo civilizatório sem desenvolvimento econômico sustentado, consistente, e sem inclusão pela renda”, adverte o senador. Para o senador é fundamental a participação dos Estados da Federação.
“Não há civilidade sem a minoria poder se manifestar, sem o diferente poder se manifestar, sem o contraditório ser colocado. A democracia não pode ser vista como um meio para ascender ao poder; a democracia é uma prática que se exercita com um aprendizado permanente de tolerância, de inclusão e de construção de uma sociedade que aprende a conviver com o diferente e que inclui, que não exclui”, disse.
“Não há processo civilizatório sem desenvolvimento econômico sustentado, consistente, e sem inclusão pela renda”
Na avaliação de Rogério, a inclusão pelo direito é a forma mais eficaz de o País avançar, fazendo assim diminuir as diferenças entre ricos e pobres, por exemplo. O senador pediu ao Senado atenção e cuidados nas discussões e votações dos projetos para que a desregulamentação de avanços e direitos adquiridos não estimulem à violência e promovam o aumento da desigualdade.
“Não vamos aqui aprovar desregulamentação das licenças ambientais se isso não trouxer vida; não vamos aqui acabar com programas, como o Mais Médicos, se isso não favorecer a vida; não vamos aqui transformar esta Casa num lugar que produz morte; não vamos aqui aprovar medidas que destroem vidas de inocentes, que estimulam a violência e que geram um dos determinantes mais fortes da saúde pública, que é a violência contra a vida”, enfatizou.