Pimenta denuncia procuradores que vazaram depoimento de Palocci

Vazamento ilegal do depoimento foi alvo de reclamação no Conselho Nacional do Ministério Público, protocolada pelo líder do PT, Paulo Pimenta

Gustavo Bezerra/PTnaCâmara

Paulo Pimenta

O deputado Paulo Pimenta (RS), líder do PT na Câmara, protocolou nesta terça-feira (18) reclamação junto ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) para que o órgão abra procedimento administrativo contra cinco procuradores da República.

Pimenta denuncia que os agentes públicos exorbitaram suas funções e violaram dispositivos da Constituição e da legislação brasileira, ao atuarem com parcialidade e com o objetivo de interferir no processo eleitoral em curso.

O líder petista detalhou que os procuradores vazaram à imprensa depoimento do ex-ministro Antonio Palocci, quando não havia sequer a homologação do depoimento ou a retirada da cláusula legal do sigilo do conteúdo. Os cinco procuradores alvos da reclamação são: Anselmo Henrique Cordeiro Lopes, Valtan Timbó Mendes Furtado, Hebert Reis Mesquita, Ana Carolina Alves Araújo Roman e Sara Moreira de Souza Leite.

Todos eles atuam na chamada Operação Greenfield, que investiga desvio em fundos de pensão, e, segundo Pimenta, descumpriram deveres funcionais de sigilo, bem como a legislação federal que regula os procedimentos para a colaboração premiada, no momento em que franquearam ou permitiram o acesso do conteúdo da oitiva de Palocci à imprensa em geral.

“A divulgação, nessa toada, somente se justifica nesse momento de acirramento do pleito eleitoral, notadamente o presidencial, com o intuito, direto ou indireto, de desqualificar as candidaturas do Partido dos Trabalhadores com acusações genéricas, o que se traz, ao fim e ao cabo, como interferência no pleito eleitoral”, argumenta o líder petista na reclamação.

Paulo Pimenta lembrou que o momento político-social do País exige que os integrantes do Ministério Público Federal atuem com o necessário equilíbrio e equidistância em suas investigações, a fim de que os princípios da imparcialidade e da isenção não sejam maculados. “Eles agiram sem a necessária ponderação e sem observar a razoabilidade, imparcialidade, proporcionalidade e, principalmente, a legalidade, que devem caracterizar suas ações”, reforçou.

Além de pedir a abertura de procedimento administrativo, Pimenta pede que o Conselho Nacional do Ministério Público aplique aos cinco procuradores, se for o caso, as penalidades compatíveis com as falhas funcionais e administrativa cometidas por eles.

Por PT na Câmara

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