Pimenta reitera luta em defesa da democracia e Lula na Câmara
O líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta, e toda a bancada do partido, reafirmaram o direito de Lula ser candidato na retomada dos trabalhos na Casa
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O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS), afirmou em seu primeiro pronunciamento no comando da bancada que os deputados petistas vão usar toda a capacidade de articulação, dentro e fora do parlamento, e junto aos movimentos sociais, para defender a democracia e o direito de Lula ser candidato nas eleições presidenciais neste ano.
Segundo o líder, depois do golpe parlamentar que destituiu uma presidenta legitimamente eleita, o País se mergulhou em um Estado de exceção onde o maior exemplo é a condenação injusta e arbitrária do ex-presidente Lula pelo TRF-4.
“Usaram setores do judiciário e do Ministério Público para romper a normalidade democrática, aprovar o impeachment da Dilma, atentar contra a soberania nacional e retirar os direitos dos trabalhadores. Antecipam um julgamento que deveria ser em julho ou em agosto, para janeiro, a fim de simplesmente impedir a maior liderança popular e política desse País de participar das próximas eleições”.
“Essa sentença do TRF-4 vai entrar para a história do Brasil e será estudado como um capítulo vergonhoso do direito, como um julgamento com votos combinados, um jogo de cartas marcadas, e onde a defesa do acusado foi ignorada”, ressaltou Pimenta.
De acordo com o líder, a inocência do ex-presidente está comprovada pela ausência de prova que pudesse condená-lo. Pimenta lembrou que Lula é a personalidade mais investigada do País “e nunca se achou um vídeo, uma gravação ou uma foto que possa condená-lo. Ainda assim Lula é alvo de uma perseguição permanente, capitaneada pela Globo, que deseja consolidar o golpe afastando Lula da disputa eleitoral”, disparou o petista.
Avaliando o cenário, o líder da bancada disse que uma eleição sem Lula “não terá legitimidade e poderá jogar o País em uma crise institucional”.
“Imaginem realizar eleições sem o candidato que lidera disparado as pesquisas. Que legitimidade teria uma eleição com 70% de votos brancos e nulos? Com candidatos que passariam para o segundo turno com pouco mais de 10% dos votos validos? Que legitimidade poderia ter um presidente eleito nestas condições? Por isso não vamos reconhecer um processo eleitoral que impeça Lula de ser candidato”, argumentou Pimenta.
Ao se antecipar às críticas sobre uma desobediência civil às determinações da justiça em relação a Lula, Pimenta lembrou que decisões injustas do Estado já foram desobedecidas em outros momentos da história. “A desobediência civil é legítima diante de decisões injustas do Estado, da tirania, e o cidadão tem o direito de se insurgir. Martin Luther King e Mahatma Gandhi já usaram esse expediente. Não pensem que vamos assistir de braços cruzados os mesmos interesses internacionais que acuaram Getúlio Vargas e que deram o golpe em 64, atuem agora contra o ex-presidente Lula”, finalizou.