Pimentel anuncia recursos para aeroportos em Minas

Investimentos de quase R$ 80 milhões vão facilitar a vida dos mineiros e reforçar a infraestrutura aeroviária do estado

Lula Marques/Agência PT

Aeroporto de Brasília, concedido em 2012 à iniciativa privada

Ao contrário de alguns aeroportos escolhidos pelo ex-governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), para receber recursos do estado, e que mereceram destaque na mídia nacional pela vinculação geográfica a algum projeto ou propriedade da família do tucano, as cidades de Três Corações, Manhuaçu e Itajubá vão também receber investimentos em terminais de passageiros, justificados pelas condições sociais, econômicas e estratégicas de suas regiões.

A única motivação do lançamento dos projetos é “facilitar a vida das populações” locais e “reforçar a infraestrutura aeroviária” mineira, diz nota oficial do governo do estado, ao descrever as “diretrizes da atual administração para atender às necessidades de deslocamento dos mineiros”.

Com tais argumentos, o governador Fernando Pimentel (PT) justificou o anúncio, em Belo Horizonte (MG), nesta segunda-feira (24), da autorização para início das obras nos aeroportos daquelas três cidades, ao custo de R$ 77,2 milhões em investimentos.

Pimentel nasceu e cresceu em Belo Horizonte. O pai era da cidade de Rio Novo e, a mãe, de Sete Lagoas, ambas no interior do estado. Portanto, não existe vínculo de origem entre a família Pimentel com as cidades que vão ganhar as novas instalações aeroportuárias.

Os investimentos do ex-governador tucano para consolidação de aeródromos nas cidades de Cláudio e Montezuma coincidiram com a localização de agronegócios da família. A coincidência não sensibilizou o Ministério Público do estado, cujas investigações, depois que Cláudio e Montezuma entraram no noticiário nacional, consideraram tudo normal, conforme decisão anunciada recentemente.

A perspectiva da administração mineira, agora, é que os aeroportos sirvam para conectar rotas e reduzir o tempo de deslocamento dos passageiros que teriam de pegar voos em outras cidades, além de estimular a indústria e o agronegócio local. As regiões foram escolhidas por representarem eixos desenvolvimentistas do estado e terem “boa capacidade logística”, qualidades indispensáveis a investimentos em uma economia globalizada.

“Difundir a aviação executiva permite que mais áreas atraiam investimento; a expansão da infraestrutura aeroportuária fortalece também as aviações comercial, de passageiros e social, dando garantias de atendimento para população em situações críticas ou de emergência”, avalia o diretor de Infraestrutura Aeroviária da Secretaria de Transportes e Obras Públicas mineira (Setop), Marco Antônio Migliorini.

O Plano de Investimento em Aeroportos de Pimentel está alinhado ao planejamento federal do governo Dilma Rousseff, que pretende investir R$ 815 milhões em 33 aeroportos de Minas Gerais. Um deles – o de Itajubá – parte do zero, enquanto os demais são alvos de “adequação e melhorias”. No caso de Itajubá, a participação do estado é complementar. Noutros, é atender a projetos que não estão no planejamento da Secretaria de Aviação Civil (SAC) federal.

Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias

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