Programa tira 1200 pessoas da Cracolândia
Programa da prefeitura de São Paulo tira centenas de usuários da Cracolândia e os inserem no mercado de trabalho
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O programa de Braços Abertos, implantado pelo prefeito de São Paulo (SP), Fernando Haddad, retirou da rua 1.200 das 1.500 pessoas que transitavam pela Cracolândia de São Paulo, na região entre a Alameda Cleveland com a Rua Helvetia. A ação abriga mais de 450 pessoas em sete hotéis e oferece a elas uma oportunidade de reinserção social, por meio de frentes de trabalho, capacitação técnica e renda mínima de aproximadamente R$ 450 por mês. Em troca, o participante se compromete a deixar o crack.
O programa, vale ressaltar, foi realizado sem violência, mas com educação e respeito. O resultado do sucesso é que 70% dos assistidos não voltaram a consumir a droga. Segundo Haddad, os moradores da Cracolândia mereciam ser tratados como sujeitos capazes de estabelecer um contrato com o poder público. “Desde que o poder público tenha respeito por ele”, afirmou no lançamento do programa, em maio de 2014.
Muitos dos participantes conseguiram voltar para as famílias. As crianças agora frequentam creches da rede municipal e os adolescentes a escola e os Centros para Crianças e Adolescentes (CCA). Durante um ano do programa foram realizados 54 mil atendimentos médicos e 599 odontológicos. Dezoito participantes estão cursando o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e todos são acompanhados pela equipe da Secretaria de Assistência Social. A cada grupo de 20 pessoas, um monitor trabalha interligado com 180 servidores da prefeitura.
Em agosto de 2014, 16 pessoas foram contratadas e tiveram as carteiras de trabalho assinadas por uma empresa prestadora de serviços gerais. O salário pago foi de R$ 820, com direito a vale refeição de R$ 9,10 por dia, cesta básica de R$ 81,33 e vale transporte. Cerca de 21 participantes alcançaram autonomia para trabalhar fora do programa. Apenas 113 pessoas desistiram do programa.
Outro bom indício do programa é que caíram os registros de criminalidade na região. Em 2014, a Polícia Militar (PM) e a Guarda Civil Metropolitana registram 50% e 30% a menos de furto de carro e de pessoas, respectivamente, em relação a 2013.
Da Redação, Agência PT de Notícia