PT apoia greve dos petroleiros e caminhoneiros contra alta nos combustíveis

Bancada do partido na Câmara, por meio do líder Enio Verri, reforça solidariedade às categorias; tema será destaque no Parlamento durante a semana

Gustavo Bezerra

O líder da Bancada do PT na Câmara, deputado Enio Verri (PR), afirmou nesta segunda-feira (17) que a greve dos petroleiros, que entrou no 17º dia, e a paralisação dos caminhoneiros, no Porto de Santos, devem ser os principais temas em debate no Parlamento nesta semana, devido à falta de compromisso do governo Bolsonaro com a soberania e o crescimento do País.

O parlamentar ressaltou que esses dois movimentos reivindicatórios surgem por conta da venda fatiada da Petrobras ao capital estrangeiro e da política de alinhamento de preços da empresa ao mercado internacional, que tem encarecido o valor dos combustíveis, notadamente o diesel – principal reclamação dos caminhoneiros.

“Os petroleiros estão parados nesses 17 dias porque o governo Bolsonaro está fatiando e vendendo a Petrobras, entregando na mão do capital estrangeiro. Como a Petrobras está subordinada à variação do dólar e a esse capital estrangeiro, o preço do petróleo aqui nunca foi tão caro, tanto o diesel como a gasolina. No tempo da presidenta Dilma, era R$ 2,80 e faziam greve. Hoje, o litro da gasolina custa quase R$ 5. O diesel também”, argumentou Enio Verri.

O líder do PT destacou ainda que além da subordinação da política de preço da Petrobras a variação do dólar, a crise econômica que paralisa o País também tem prejudicado os caminhoneiros. “Eles (os caminhoneiros) não conseguem fretes com preços que deem um mínimo de lucro para, até porque gastam tudo com o combustível”, explicou.

Segundo Enio Verri, por esses motivos estas duas categorias estão paralisadas, “denunciando a privatização e a venda da Petrobras, o desrespeito ao Estado brasileiro e o desrespeito a um setor que contribui para o desenvolvimento desse País, que são os caminhoneiros”.

Pauta da Câmara

 

Nesta semana que antecede o carnaval, o líder do PT lembrou que a Câmara deve apreciar várias matérias importantes. Entre elas, a continuidade da votação da medida provisória do Agronegócio (MP 897/19). Segundo Verri, a proposta privilegia esse setor, em detrimento da agricultura familiar. “Nada de novo vindo do governo Bolsonaro”, atestou.

Outras pautas, segundo ele, devem surgir após muita negociação no Colégio de Líderes. Como exemplo, Enio Verri apontou um projeto sobre a indenização aos atingidos pelo rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho (MG). “Temos um projeto pronto sobre a indenização da população que sofreu aquele grande desastre em Brumadinho e, ao mesmo tempo, fazer que isso não ocorra mais e, caso aconteça, os reponsáveis paguem e paguem claro por isso, inclusive criminalmente”, afirmou.

Cortes na Educação

 

Em relação a educação no País, Enio Verri criticou o corte de recursos para bolsas de pós-graduação, mestrado e doutorado. Para o líder do PT, a ação do Ministério da Educação vai prejudicar áreas sensíveis como pesquisas na área da educação, medicina e engenharia. Porém, ele destacou que esses cortes de recursos são ainda mais nefastos porque atingem principalmente a região Nordeste.

“A região que tem problemas de desenvolvimento, que tem uma diferença enorme em índice de desenvolvimento humano recebe menos dinheiro para educação do que regiões mais desenvolvidas. Esse é o conceito de desenvolvimento regional de Bolsonaro e seu ministro da Educação, e o resultado: aumenta a miséria na região que já é pobre, e concentra a riqueza em outras regiões”, criticou Verri.

Por PT na Câmara

 

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