PT constrói a BR 163 e Bolsonaro inaugura míseros 7% das obras

A obra de recuperação da Cuiabá-Santarém, que o descontrolado presidente inaugura nesta sexta (14) foi quase totalmente construída nas gestões petistas

Os governos Lula e Dilma executaram 93% das obras de recuperação da BR 163. Bolsonaro executou míseros 7% da obra.

A obra de recuperação da BR 163, Cuiabá-Santarém, que Bolsonaro inaugura nesta sexta-feira (14), como sendo grande feito de sua gestão, verdade seja dita, foi quase totalmente construída nas gestões petistas, esclarece o deputado federal Airton Faleiro (PT-PA).

Nota sobre a Rodovia

 

O projeto da Rodovia Federal BR-163 foi concebido no âmbito do Programa de Integração Nacional (PIN), instituído pelo governo federal, cujo objetivo era implementar um plano de obras de infraestrutura econômica e social nas regiões Norte e Nordeste do país e, com isso, promover uma rápida integração dessas regiões à economia nacional.

A primeira etapa do programa seria constituída pela construção imediata das rodovias Transamazônica (BR-230) e Cuiabá-Santarém (BR-163). As obras da Transamazônica tiveram início ainda em setembro de 1970, enquanto as da Rodovia Cuiabá-Santarém começaram em 1971.

Assim, a BR-163, entre Cuiabá e Santarém, foi inaugurada em 20 de outubro de 1976 pelo presidente Ernesto Geisel, no Pará. A rodovia foi originalmente construída em terra, com a sua pavimentação, ainda que não total, ocorrendo posteriormente por trechos.

Após três décadas sem a devida manutenção, a BR-163 voltou a receber atenção do governo federal.

Lula começa a pavimentação

 

No primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2006) foi idealizado o Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável para a Área de Influência da Rodovia BR-163, Trecho Cuiabá-Santarém (Plano BR-163 Sustentável).

Neste momento, mais uma vez, o governo federal elegia a recuperação e pavimentação do trecho como prioridade.

Mato Grosso

 

Em 2007, a recuperação e pavimentação do trecho Cuiabá-Santarém da BR-163 e a duplicação da BR-163-364/MT Rondonópolis – Cuiabá – Posto Gil foram incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)

A restauração, adequação e pavimentação do trecho entre Guarantã do Norte (MT), próximo à divisa entre Mato Grosso e Pará, e Santarém (PA), incluindo o acesso a Miritituba (BR-230/PA), com 1.024 km de extensão e investimento previsto de R$ 1,25 bilhão, inicial. Entre 2007 e 2014 foram investidos R$ 1,5 bilhões, e concluído 75% das obras. Em 2018, restavam 51 km a serem concluídos.

A deputada Professora Rosa Neide (PT-MT) lembra que a obra é mais um legado dos governos de Lula e de Dilma. “E sobre este legado, a BR 163, quantas vezes vimos reportagens com filas de caminhões atolados ao longo dessa BR, e o nosso sonho de levar o escoamento da produção de Mato Grosso para o porto de Santarém”, recorda.

Rosa Neide destaca que o governo Lula apresentou e executou o Plano de Desenvolvimento Sustentável da BR 163, e o governo Dilma deu continuidade. Foram pavimentados 700 km no estado o Pará e outros 800 km no estado do Mato Grosso, explicou a parlamentar. “Nós conseguimos fazer a BR de Rondonópolis ao Posto Gil, do Posto Gil a Cuiabá e de Cuiabá a Santarém. E hoje vemos o estado do Mato Grosso levando seus grãos, junto com o estado Pará, ao porto de Santarém, e fazendo de Mato Grosso o estado que mais exporta grãos neste país”.

A deputada critica o oportunismo do presidente da República. “O governo Bolsonaro, aproveitando os legados dos governos do PT, inaugura 51 km, terminando esse trecho da BR 163. Então, alegremo-nos com o trabalho feito pelos governos do PT, dando toda mobilidade ao estado do Mato Grosso. Vamos continuar na luta, lembrando nosso legado e sonhando com o desenvolvimento maior para o povo mato-grossense”.

Bolsonaro inaugura apenas 51 km restantes

 

Dos 707,4 quilômetros da BR-163/PA recuperados pelos governos Lula e Dilma, faltavam 51 quilômetros a serem asfaltados, divididos em dois lotes: três quilômetros, na Vila do Caracol, sob a responsabilidade da Construtora Agrienge; e 48 quilômetros em Moraes de Almeida, sob responsabilidade do Exército.

Por PT na Câmara

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