Senadores golpistas: Perrella, goleada de ações por improbidade

O senador mineiro – aliado de Aécio Neves – é protagonista de um dos principais escândalos políticos da década, além de ser foco de várias ações do MP-MG

Foto: Senado

O senador Zezé Perrella, do PTB de Minas Gerais, conhecido apoiador do golpe contra a democracia brasileira e componente da comissão do impeachment no Senado, é alvo de ação do Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) por enriquecimento ilícito e lesão ao erário.

O MP-MG aponta que Perrella teria recebido, quando ainda deputado estadual entre 2007 e 2010, R$ 1,3 milhão em ressarcimento de gastos com atividades parlamentares. 

O Ministério Público também entrou com uma Ação Civil Pública contra Perrella e seu filho, o deputado estadual Gustavo Perrella, em janeiro de 2013. Eles foram acusados de improbidade administrativa em negócios irregulares entre a empresa Limeira Agropecuária, da família do senador, e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig).

De acordo com a denúncia, a Limeira firmou contratos sem licitação com a Epamig entre 2007 e 2011. O rombo nos cofres públicos, segundo o MP-MG, chegaria a R$ 14 milhões.

Além disso, o senador tem uma condenação por improbidade administrativa, em primeira instância. Ele permitiu que assessores morassem no apartamento funcional reservado exclusivamente a deputados federais, cargo exercido por Perrella até janeiro de 2003.

Além dos escândalos e ações por improbidade administrativa, a família de Perrella esteve envolvida em um grande escândalo político/policial. Em novembro de 2013, um helicóptero que pertencia à família do senador foi apreendido com 445 toneladas de cocaína no Espírito Santo. Segundo o MP, o helicóptero da empresa Limeira Agropecuária era pilotado por um funcionário com cargo comissionado na Assembleia de Minas Gerais e foi abastecido com verba pública.

Perrella é amigo e aliado do também senador Aécio Neves (PSDB-MG), de quem teve ajuda fundamental para se tornar senador em 2011, quando era suplente de Itamar Franco, morto naquele ano. Antes de se filiar ao PDT, em 2007, Perrella era do PSDB.

Apesar de seu partido, o PDT, ser à época da base aliada de Dilma, ele anunciou: “Tenho um compromisso com as forças políticas que me elegeram, capitaneadas pelo senador Aécio Neves e pelo governador (Antonio) Anastasia”.


Da Redação da Agência PT de Notícias

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