Sob o PT, Araraquara é exemplo de combate à pandemia
“A pandemia se assemelha em termos de tragédia humana e do ponto de vista econômico à 2ª Guerra Mundial”, explica o prefeito Edinho Silva. Ele adotou medidas que permitiram enfrentar o Covid-19 sem altas taxas de letalidade e com baixa expansão. Município teve 10 óbitos em 120 dias
Publicado em
O município de Araraquara, no interior de São Paulo, tem a menor taxa de mortalidade por Covid-19 do estado, e uma das menores taxas de letalidade do Brasil. De acordo com levantamento da Fundação Seade, do governo do estado, Araraquara teve até junho 810 casos confirmados e apenas 10 mortes. A taxa de letalidade na cidade é de 1,2%, a mais baixa entre municípios com mais de 500 casos confirmados.
“O Covid-19 só se assemelha em termos de tragédia humana e do ponto de vista econômico à 2ª Guerra Mundial”, avalia o prefeito Edinho Silva, do Partido dos Trabalhadores. “O coronavírus é um inimigo invisível, com uma letalidade considerável que se agrava em questão de horas”. Em municípios próximos a Araraquara e com população semelhante, como Rio Claro e São Carlos, a taxa de letalidade é mais que o dobro – 5,7% e 2,8%, respectivamente.
Edinho diz que o segredo do sucesso de Araraquara no enfrentamento da pandemia foi a ação rápida da Prefeitura, logo no início da doença, dando a devida atenção e respaldo às recomendações e decisões da equipe gestora de saúde. No início de março, foi montado comitê de contenção da doença com todas as autoridades médicas do município, para levantar o quadro da época e desenhar os possíveis cenários para os meses seguintes.
Medidas exemplares
De acordo com o prefeito, oito iniciativas adotadas foram fundamentais para o sucesso da cidade no combate à doençam incluindo a expansão do horário de atendimento das redes básicas regionais, um 0800 para telemedicina, equipes de bloqueio, criação de um centro de referência do coronavírus, parceria com Faculdade de Farmácia da Unesp, mapeamento da doença na cidade, criação de hospital de campanha e de um comitê de solidariedade para distribuição de alimentos.
“Não podemos deixar ninguém morrer por falta de assistência médica”, explicou o prefeito. Ele disse que a parceria com a Faculdade de Farmácia da Unesp também permitiu reduzir o prazo para acesso aos resultados de testes. “Essa agilidade e tempo que conquistamos são fundamentais para lidar com a doença”, disse.
Edinho aponta que a criação de inquéritos epidemiológicos em Araraquara permitiram o mapeamento da doença em todo o município, permitindo a aplicação de testes massivos em pessoas de grupo de riscos por comorbidades, bairros carentes e profissionais mais expostos à contaminação.
O Hospital de Campanha de Araraquara permitiu a criação de 51 leitos – 30 de enfermaria e 21 de UTI – em cinco semanas, impedindo o colapso do sistema de saúde pública do município.
“Essa estrutura garantiu atendimento e permitiu inclusive prestarmos atendimento às pessoas que vivem em outras cidades da região”, destaca.
Da Redação, com Terra