Trabalhadores da Educação visitam a Vigília Lula Livre

Grupo com representantes de entidades internacionais ressaltou importância do legado de Lula e Dilma para a educação no Brasil e no mundo

Joka Madruga/Agência PT

Bom dia ao presidente Lula com representantes dos trabalhadores da educação

Os trabalhadores da educação marcaram presença na Vigília Lula Livre nesta quarta-feira (13), em uma delegação internacional com representantes do Brasil, da América Latina e da Europa. Eles participaram do “Bom Dia Companheiro Lula” e de debates sobre educação, liberdades democráticas e os próximos desafios para o país.

Esteve presente o Secretário Geral da Internacional de Educação (IE), com sede em Bruxelas, David Edwards; o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), Heleno Araújo; o Secretário de Relações Internacionais da Confederação de Trabalhadores da Argentina (CTERA), Eduardo Pereyra; e o Coordenador Regional da IE na Costa Rica, Combertty Rodriguez.

A visita foi pautada por um resgate do legado dos governos de Lula e Dilma para a Educação no Brasil, que foi tratada de maneira democrática, participativa e compensatória, em oposição ao desmonte e mercantilização que se vê hoje no governo do golpista Michel Temer.

Os visitantes internacionais destacaram que a educação pública e a organização sindical dos trabalhadores do setor educacional sofre um ataque em todo o mundo, não apenas no Brasil, mas em países como os Estados Unidos, Inglaterra, Índia ou Turquia.

“Nos Estados Unidos também estão tirando força dos sindicatos. Por trás disso estão grandes corporações. A mesma estratégia que é aplicada aqui é aplicada na Inglaterra, nas Filipinas, na Turquia, na Índia”, afirmou David Edwards.

“Eles usam os meios de comunicavam para dividir os trabalhadores. Põe um discurso que é popular na forma, mas na prática diminuem os impostos para os mais ricos. Esse populismo autoritário, estamos vendo em muitos países que consolidam uma narrativa que diz que os sindicatos são o problema e que o mercado é o única forma de distribuir os recursos”, acrescentou o líder da IE.

Ele ainda elogiou o governo Lula, pois “investia na educação, expandindo as universidades, a educação compensatória estava se desenvolvendo. Ele dialogava com os sindicatos, os docentes, perguntando que tipo de escolas querem para o Brasil”.

Para o secretário geral da IE, “esse foi um modelo muito poderoso para o mundo. Podíamos vir aqui e ver como era, participativamente, desenvolver um sistema escolar com as bases, com as pessoas, com os pais de família”.

Debate na Vigília Lula Livre sobre Educação e Democracia

Segundo o argentino Eduardo Pereyra, “devemos ensinar que a escola, sim, tem partido. A escola tem que ter partido, que é o partido da solidariedade, da humanidade, das lutas sociais, da democracia”.

Para ele, “hoje em todos os nossos países os setores dominantes encontraram três patas nas quais se afirmar: o poder econômico, o judiciário e a mídia”.

“Criaram uma teia de aranha onde nos têm presos. Na Argentina temos presos políticos que são lutadores sociais. Na Argentina a democracia também está reduzida, os que lutam são demonizados frente ao resto da população e na Argentina está em risco que a escola pública seja privatizada. Para eles tudo é para se fazer negócio”, disse Pereyra.

Combertty, da Costa Rica, destacou que a educação hoje é tratada como serviço e por isso gera grandes interesses para o capital. “Hoje temos uma América Latina conservadora, controlada, com limitação de direitos, com uma classe política vendida, com poucas exceções, que precisamente estão centradas no comercio, na abertura comercial”.

Ele destacou que “hoje a lógica do comércio não se centra necessariamente no comércio de bens, mas no comércio de serviços, isso significa pelo menos 60% do PIB desses países”.

Por Pedro Sibahi, de Curitiba, para a Agência PT de notícias

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