Valeu, Maderada! Autor de ‘Tá na hora do Jair…’ fez a diferença na eleição 

Juliano Maderada embalou a campanha de Lula com esse e outros jingles que já entraram para a história, como ‘Tô com saudade do tempo de Lula’ e ‘Oh Lula eu vou votar em tu’

Ricardo Stuckert

Lula e o autor de ‘Tá na hora do Jair já ir embora’, Juliano Maderada (Foto: Ricardo Stcukert)

Um desafio: leia o verso a seguir e tente não continuar cantando a música: “Tá na hora do Jair…”

É impossível medir o quanto os jingles são responsáveis pela vitória de uma campanha. Mas é certo que, sem uma boa música, dificilmente um candidato conquista a preferência do eleitor.

E, neste ano, se houve um compositor que fez a diferença – a favor de Lula! –, foi Juliano Maderada, o autor das obras-primas eleitorais ‘Tá na hora do Jair já ir embora’, ‘Tô com saudade do tempo de Lula’, ‘Lambadão do 13’ e ‘Oh Lula eu vou votar em tu’, entre outras.

Essas músicas deram o tom da campanha de Lula e animaram tanto os paredões, aquela espécie de carnaval-eleitoral de rua que tomou conta de vários municípios do Nordeste, quanto as passeatas que Lula fez em diversas cidades na reta final da campanha.

Dias antes do segundo turno, a música do “ja ir embora”, escrita em parceria com Thiago Doidão, conquistou tanto os brasileiros que ela acabou chegando ao número 1 da parada diária de mais tocadas do Spotify no Brasil.

O feito foi alcançado em 31 de outubro, na manhã seguinte ao segundo turno que deu a vitória a Lula. Foi a primeira vez que uma música de campanha eleitoral liderou o principal serviço de streaming de música no país.

Artistas abandonados na pandemia

O mais incrível em toda essa história é que Maderada fez todas essas músicas por conta própria, sem ter, inicialmente, ligação nenhuma com a campanha de Lula.

Nascido em Minas Gerais e vivendo na Bahia desde os 7 anos, Júlio Hermínio Luz, 48 anos, é um professor de matemática que, alguns anos atrás, decidiu se dedicar integralmente à música, à frente da banda de arrocha Maderada.

Em 2020, no entanto, veio a pandemia e a completa falta de apoio do governo Bolsonaro à classe artística. Em março de 2021, já vivendo com grande dificuldade, Maderada se animou com a retomada dos direitos políticos de Lula e resolveu fazer jingles exaltando a volta do petista.

A ideia era fazer política e, ao mesmo tempo, garantir a sobrevivência com os plays que as músicas ganhassem no YouTube e nos canais de streaming. Bem, o resto é história.

Maderada, sem dúvida, fez a diferença na eleição mais importante de nossas vidas. E ainda conheceu Lula, de quem já era um grande admirador e com quem se encontrou pelo menos três vezes nos últimos meses.

Valeu demais, Maderada!

Da Redação

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