Inpe desmente Bolsonaro: desmatamento da Amazônia é o maior desde 2006
Entre agosto de 2020 e julho de 2021, a floresta amazônica perdeu 13,2 mil quilômetros quadrados. Durante os governo do PT, desmatamento teve os índices mais baixos da história
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Dois dias depois de dizer, no Catar, que a Amazônia não pega fogo “por ser úmida” e inventar que não há desmatamento no Brasil, Jair Bolsonaro é desmentido por dados oficiais de seu próprio governo. Nesta sexta-feira (19), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou a estimativa de que, entre agosto de 2020 e julho de 2021, foram devastados 13.235 km² da floresta. É o maior volume de desmatamento registrado desde 2006.
Com seus ataques às ONGs, incentivo às queimadas e estímulo de expansão dos garimpos, Jair Bolsonaro, que já teve até ministro do Meio Ambiente investigado por contrabando de madeira ilegal, devastou a Amazônia nos seus três anos de poder. Em 2019, a derrubada ultrapassou a marca dos 10 mil quilômetros quadrados, o que não ocorria desde 2009. No ano passado, o número se aproximou dos 11 mil e, agora, passa dos 13 mil quilômetros quadrados (veja gráfico abaixo).
PT obteve menor taxa de desmatamento da história
Com seu governo de destruição, Bolsonaro tem colocado a perder os excelentes resultados que o Brasil havia alcançado na preservação da Amazônia nos anos em que o PT governou. Durante os governos Lula e Dilma, a taxa de desmatamento da Amazônia, como é possível ver no gráfico acima, caiu de 25,3 mil, em 2003, para 6,2 mil quilômetros quadrados, em 2015. Isso após o registro das menores taxas da história (4,8 mil e 5 mil quilômetros quadrados, em 2012 e 2014, respectivamente).
O desempenho fez o governo Dilma alcançar a menor média de desmatamento anual da história do país. Ao anunciar, em novembro de 2014, que o desmatamento daquele ano seria o segundo menor de todos os tempos, a então ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, explicou os fatores que haviam levado a resultados tão bons: uso dos instrumentos de informação aliados a um reforçado aparato de segurança, permitindo que a Força Nacional de Segurança e o Ibama agissem preventivamente, cessando o desmatamento logo após a derrubada das primeiras árvores (veja vídeo abaixo).
Da Redação