Lula apela por fim da guerra na Ucrânia: “baixem as armas”
“O mundo precisa que mais de 900 milhões de pessoas que passam fome possam comer, e não de guerra”, afirmou o ex-presidente, na quinta-feira (2), no México
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Em discurso no início da noite de hoje, 2 de março, no México, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez apelo às lideranças mundiais envolvidas no conflito entre Rússia e Ucrânia para que larguem as armas e tentem resolver as divergências numa mesa de negociação.
“O mundo precisa de comida, o mundo precisa de emprego, o mundo precisa de educação, o mundo precisa que as pessoas sejam tratadas com respeito, o mundo precisa que mais de 900 milhões de pessoas que passam fome possam comer, e não de guerra”.
Em declaração na 2ª Assembleia do Movimento Revolucionário Nacional (Morena), do México, e partidos aliados, Lula pediu, e foi atendido pelos presentes, que todos se levantassem e ficassem de pé, em gesto para que as lideranças mundiais, como os presidentes dos Estados Unidos, da China, da Rússia, da Ucrânia e dos demais países europeus vissem a mensagem de que o mundo precisa de paz.
“O mundo está precisando de paz, o mundo está precisando de amor, o mundo está precisando de compreensão, o mundo está precisando de fraternidade. As pessoas estão querendo apenas viver dignamente e por isso aqui da cidade do México a gente poderia dizer, governantes baixem as armas, sentem na mesa de negociação e encontrem a solução para o problema que levou vocês ao começo de uma guerra. O mundo precisa de comida, o mundo precisa de emprego, o mundo precisa de educação, o mundo precisa que as pessoas sejam tratadas com respeito. Que eles ouçam o grito aqui da cidade do México: Basta de guerra, queremos, paz, queremos trabalho, queremos liberdade e queremos respeito, e quem sabe a gente possa construir um mundo melhor”.
O ex-presidente lembrou que, quando eleito para o primeiro mandato em 2002, foi convidado pelo então presidente americano George Bush para visitar os Estados Unidos, e lá, na Salão Oval da Casa Branca, consultado sobre apoio do Brasil ao ataque que os país norte-americano faria ao Iraque. “Eu disse ao presidente Bush que o Brasil não tinha nada contra o Saddam Hussein, que o Iraque ficava a 14 mil km de distância e que, portanto, a guerra que eu queria fazer era a guerra contra a fome que envolvia 54 milhões de homens e mulheres no meu país e que a fome seria derrotada. Se o presidente Putin tivesse pedido para a gente dizer se ele deveria ou não invadir a Ucrânia, a gente teria que dizer não. Gaste mais uma mesa, mais uma hora, mais um mês, mais um ano numa mesa de negociação. Em vez de tiro, vamos dar abraço e encontrar solução porque todo e qualquer problema é possível solucionar”.
Brasil e México só querem respeito ao seu povo, sua cultura e sua soberania. Para aqueles que reclamam da imigração, ela vai acabar quando não houver mais guerra, e quando tiver investimentos, empregos e programas sociais nos países mais pobres.
? @ricardostuckert pic.twitter.com/5zNbQaqd5B— Lula (@LulaOficial) March 3, 2022
O mundo precisa de paz, de amor, de compreensão. As pessoas querem apenas viver dignamente e por isso fazemos o apelo: governantes baixem as armas, sentem na mesa de negociação e encontrem uma solução. Basta de Guerra. Queremos Paz, Liberdade e Respeito!
— Lula (@LulaOficial) March 3, 2022
Hoje é um dia especial para mim porque conversei com um presidente da República que tem o como sentimento principal cuidar do seu povo mais pobre e defender com unhas e dentes a soberania do seu povo. Foi uma honra me encontrar hoje com @lopezobrador_ .
— Lula (@LulaOficial) March 3, 2022
A gente só fica velho se não tiver uma razão para viver, se não tiver uma causa. E eu tenho muitas razões para viver. Eu vou me casar esse ano. E vou recuperar a democracia e a dignidade para o povo brasileiro.
— Lula (@LulaOficial) March 3, 2022
Do site lula.com.br