Missão 3 do Nova Indústria Brasil terá R$ 1,6 tri de investimentos públicos e privados

Presidente Lula lança nova etapa do programa federal de industrialização, que é direcionada a obras de mobilidade urbana, moradia, saneamento básico, portos, aeroportos, rodovias, entre outros, com investimentos até 2029

Ricardo Stuckert

Presidente Lula e ministros durante o lançamento da nova etapa do Nova Indústria Brasil, no Palácio o Planalto

O presidente Lula participou, nesta quarta-feira (30), da cerimônia de lançamento da Missão 3 do programa Nova Indústria Brasil (NIB), no Palácio do Planalto. O objetivo dessa etapa do NIB é incrementar a qualidade de vida nas cidades, integrando mobilidade sustentável, infraestrutura, moradia e saneamento básico. Nesse sentido, foram anunciados R$ 1,6 trilhão em investimentos públicos e privados até 2029.

A Missão 3 do NIB conta com 75% de aportes privados, comprovando que os empresários reconhecem, no programa do governo federal, a possibilidade de industrializar o Brasil e de promover a transição ecológica e a competitividade. A Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB), a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) decidiram aplicar R$ 1,05 trilhão em projetos de sustentabilidade e inovação.

Lula destacou o lançamento da nova etapa do NIB em postagem na rede social X: “Chegando para anunciar investimentos privados e do governo federal, no valor de R$ 1,6 trilhão, no programa Nova Indústria Brasil, voltados para cidades sustentáveis e mobilidade verde. São recursos destinados a obras de transporte mais sustentável, saneamento básico, rodovias e habitação, com ações previstas até 2033. Mais estímulo para a nossa indústria e melhorias para a vida das pessoas”.

Participaram também do evento o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante (PT), o titular da Fazenda, Fernando Haddad, entre outros.

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Haddad assegurou a empresários e investidores que “o Brasil vai continuar crescendo”, porque “não tem motivos para não crescer”. Ele defendeu a política industrial do governo Lula e agradeceu o trabalho dos bancos públicos em 2024, responsáveis por promover o que o ministro chamou de “uma pequena revolução de crédito” no país. Foi também aplaudido pelos industriais presentes à sede da Presidência da República ao mencionar a reforma tributária.

“Nós vamos concluir […] a votação da reforma tributária, que é a maior reforma tributária da história desse país feita sob regime democrático. Ou seja, isso não saiu de nenhum gabinete, isso não saiu de nenhum decreto-lei. Isso saiu da participação de toda a sociedade”, enfatizou Haddad.

Crescimento com qualidade

Dos recursos públicos destinados à Missão 3 do NIB, até 2026, R$ 113,7 bilhões são provenientes das linhas de crédito e subvenções do Plano Mais Produção (P+P), do BNDES. O presidente da autarquia federal indicou que a industrialização do país vai garantir que a economia cresça de maneira sustentada, para o descontentamento dos pessimistas.

“Depois de muito tempo, presidente, é a primeira vez que a indústria lidera o crescimento, neste último trimestre. E o investimento lidera o crescimento. Portanto, teve uma mudança de qualidade. A agricultura é fundamental. O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de alimento do planeta […] mas a indústria é decisiva para gerar mais valor agregado, inovação, gerar empregos qualificados e dar suporte tanto às outras atividades, inclusive à agricultura”, esclareceu Mercadante.

Atração de investimentos

O ministro-chefe da Casa Civil elogiou o planejamento do governo, em diálogo com a sociedade, visando à retomada da indústria nacional. Rui Costa atribuiu ao NIB a atração de investimentos privados como os anunciados nesta quarta. “Todos são unânimes em afirmar: ‘o Brasil é a bola da vez’”, resumiu, depois de relatar contatos recentes da pasta com investidores da China, dos Emirados Árabes Unidos, da Suíça e da Itália.

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“Quem não apostar no Brasil vai perder. Vai perder, porque nós faremos tudo, e esse governo caminhará unido, para garantir a continuidade do investimento privado e público, fazendo o diálogo e os ajustes necessários para a economia seguir o seu rumo”, pregou Rui Costa.

Ascensão da indústria

O vice-presidente Geraldo Alckmin detalhou todas as fases do NIB. “Essa é a missão 3 da NIB, a Nova Indústria Brasil. A missão 1 é agroindústria, está indo muito bem, agregando valor na agricultura. Missão 2, o senhor já lançou, é o complexo industrial da saúde, crescendo forte, indústria farmacêutica. Esta é a missão 3, infraestrutura, habitação, saneamento, mobilidade. Depois a missão 4, já foi, transição digital. Missão 5, transição ecológica. E a missão 6, defesa e soberania nacional. Então a missão 3, que é da infraestrutura. Ela, o ministro Jader detalhará melhor, mas a meta para 2026 são dois milhões de moradias contratadas pelo Minha Casa Minha Vida e 500 mil com painel fotovoltaico. É um grande avanço na indústria da construção e com energia fotovoltaica”, disse Alckmin.

Ele também comemorou a ascensão da indústria nacional, fruto dos investimentos do NIB, ressaltando que o Brasil avançou 30 posições no ranking global do setor e alcançou a 40ª colocação.

“E é boa notícia do começo ao fim, porque melhora a vida das pessoas: casa, saneamento, infraestrutura, reduz custo, impulsiona a economia e geração de emprego. É o setor que mais rapidamente responde na geração de emprego. Então, parabéns, presidente, investimento é tudo que o Brasil precisa para ter um crescimento sustentado.”

Da Redação, com MDIC e Canal Gov

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