“A centralidade de atuação do PT passa pela comunicação”, afirma Éden Valadares
Nesta sexta (5), o secretário nacional de Comunicação do partido concedeu entrevista ao programa Café PT e antecipou estratégias para combater extrema direita e reeleger Lula em 2026
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O secretário nacional de Comunicação do Partido dos Trabalhadores (PT), Éden Valadares, foi o entrevistado do programa Café PT desta sexta-feira (5). Ele tratou dos desafios e das estratégias da legenda para dialogar com a sociedade brasileira e para reeleger o presidente Lula em 2026.
“Talvez o nosso principal desafio atual seja o conjunto do nosso partido entender que a nossa centralidade de atuação passa pela comunicação”, avaliou Éden. “Nós estamos vivendo uma fase de mudança muito grande no mundo, de transformação. Não é uma época de mudança, é uma mudança de época. É um cenário internacional bastante desafiador, sobretudo para a classe trabalhadora”, prosseguiu.
O secretário fez questão de elogiar a equipe de comunicação do PT. “É muito engajada, muito comprometida, e precisa ser. Fazer comunicação de um partido político é defender uma visão de mundo, é defender uma visão de Brasil”, disse.
Diálogo com a base
Durante a entrevista, Éden delineou algumas das estratégias do PT para estreitar laços com a classe trabalhadora e com a militância de esquerda. “O presidente Edinho também tem falado: que a gente tenha uma comunicação mais direta e com maior possibilidade de interação com a nossa base, com a nossa base de filiadas e filiados, com a nossa base de simpatizantes, a base partidária”, relatou.
O secretário antecipou ainda o que pretende o PT na disputa política contra a extrema direita ideológica, em sintonia com o que foi determinado pelo Diretório Nacional (DN).
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“É o fortalecimento do partido, é a construção do partido, sim. É o fortalecimento da nossa militância de base, sim. É se preparar para eleger mais vereadores e mais prefeitos em 2028, sim. Mas no meio do caminho disso, tem a reeleição do Lula. E a reeleição do presidente Lula é o foco central do PT”, resumiu Éden.
“Quando o PT perde, quando houve, por exemplo, o golpe na presidenta Dilma, quem paga o maior preço não é o partido […]. Infelizmente, quem paga o maior preço nesse país é o elo mais frágil”, ponderou, referindo-se aos mais vulneráveis, que dependem de políticas públicas para subsistirem.
Na avaliação do secretário, a legenda compreendeu bem o poder das redes sociais e da internet e está conseguindo se adaptar aos novos tempos. “A arena da disputa política nossa já foi quando havia grandes fábricas, com 6 mil, 8 mil, 10 mil trabalhadores”, lembrou.
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“E o esforço nosso para juntar gente, para dialogar com a classe trabalhadora, para mobilizar a classe trabalhadora, para mobilizar aqueles que mais precisam, os mais pobres desse país, passa também por a gente entender o papel que tem esse aparato tecnológico”, reconheceu Éden.
Secretarias estaduais
Internamente, o PT se articula para aproximar ainda mais a Secretaria Nacional de Comunicação das secretarias estaduais. Segundo Éden, o partido precisa estar fortalecido em cada ente da Federação. “A gente deve retomar um processo de qualificação das nossas comunicações nos estados”, explicou.
“Já somos muito bons em ruas, em mobilizar sindicato, associação, a gente é muito bom em ocupar as praças desse país, a gente é muito bom no tête-à-tête, no vis-à-vis, no cara a cara, em bater de porta em porta […]. Esse exército que a gente já faz no dia a dia, nas ruas, nós queremos potencializar, aumentar, qualificar e inovar também nas redes”, concluiu o secretário.
Da Redação
