Agenda neoliberal de Macri leva FMI a “avaliar” desastre econômico argentino
Governo de Macri faz com que população argentina sofra com a crise econômica. Bolsonaro já começou a implantar políticas semelhantes no Brasil
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Representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI) chegaram à Argentina nesta quarta-feira (8) para revisar o acordo proposto em 2018 com o país. O motivo da “revisão” foi o caos econômico e social resultantes da desastrosa política neoliberal implantada por Macri naquele país. O Fundo chegou a classificar a situação argentina como “fundo do poço”.
Em 2018, a economia argentina desandou: foi arrasada pela inflação e pela perda da valorização do peso. Ainda hoje, o país está com altas taxas de desemprego, inflação acelerada e crescimento da pobreza, segundo elencou a reportagem da Folha de S. Paulo. É relevante lembrar que a agenda econômica argentina é similar à de Jair Bolsonaro e que, além de amigos, também seguem a cartilha ultraneoliberal. Não precisa ser vidente para ter uma noção do “futuro” do Brasil.
“O desemprego está em 9,1%, com a taxa de emprego informal beirando os 40% — eram 34% no início da gestão Macri. Na semana passada, o Indec, o IBGE argentino, divulgou os números oficiais da pobreza, que cresceu quase 6 pontos percentuais em um ano. Atualmente, 32% da população argentina está abaixo da linha de pobreza, e 6,7% são considerados indigentes”, trouxe a Folha. A situação continua a se agravar e a crise no país vizinho respinga também no Brasil, já que com a recessão argentina as exportações para lá diminuíram.
FMI bate à porta
O fundo deu um crédito “standy-by” – uma modalidade específica do FMI que se caracteriza por incluir propostas de reformas que o país receptor se compromete a adotar para poder ter acesso aos recursos – de US$ 56,3 bilhões para que o governo Macri saísse da crise econômica. Agora, o comitê do FMI fará a quarta reunião para obter informações econômicas
PT deixou reserva cambial de US$ 370 bilhões
As reservas cambiais servem como garantia para blindar a economia de um país, principalmente em situações de crise. Durante a gestão do governo Lula, as reservas cambiais foram aumentadas em cerca de US$ 250 bilhões. Até o fim de 2002,antes de Lula assumir, o país possuía apenas US$ 37 bilhões. Ao sair do governo em 2016, o PT ainda deixou uma reserva de US$ 370 bilhões e livrou o Brasil das “garras” do famigerado FMI. “Nós resolvemos o problema, o Brasil deixou de ser devedor do FMI e passou a ter quase 400 bilhões de dólares de reserva. O Brasil passou a ser protagonista internacional”, afirmou o ex-presidente Lula em entrevista ao Brasil de Fato em 2018.
Da Redação da Agência PT de Notícias