Com Bolsonaro, construção civil desiste de 2019 e vê futuro incerto

Setor agoniza e empresários já admitem que ano deve fechar com mais um resultado negativo, acentuando a crise a partir do golpe; Lula gerou 5 milhões de empregos para segmento

Mauricio Alexandre/Prefeitura de São Luís

Residencial do MCMV

O aprofundamento da crise a partir do governo de Jair Bolsonaro (PSL) atingiu em cheio a construção civil, setor fundamental para a geração de empregos e pelo qual o presidente das fake news havia prometido investimentos pesados caso fosse eleito -em encontro durante a campanha, disse que não pouparia a“caneta presidencial” para salvar os empresários e construtoras que o apoiassem.

Nesta semana, a decepção com mais uma mentira propagada pelo governo veio em tom de tragédia: sem qualquer expectativas, as associações e entidades ligadas do segmento admitiram que não nutrem mais qualquer expectativa e que 2019 “acabou ano para a construção civil”, conforme revelou o jornal Folha de S. Paulo nesta sexta-feira (3).

A visão dos mais pessimistas é de que o setor tenha crescimento nulo durante o ano e nem mesmo os que esperavam algum lampejo de alta parecem acreditar que o cenário se altere diante do total fracasso da política econômica bolsonarista.

A avaliação tem como argumento o fato de o setor ter crescimento justamente conforme o aumento da renda da população, outro dado lastimável da atual gestão. Ano passado, a construção civil crescimento reduzido em 2,5%  e foi o único recuo anual entre as atividades do PIB.

Outros tempos

Durante os governos do PT, a exemplo do que ocorreu em todas as áreas, a construção civil viveu o seu ápice.  Só em obras de infraestrutura e de construção de edifícios, impulsionadas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Minha Casa Minha Vida, o número de empregos diretos gerados chegou a 5 milhões.

No último ano do governo Lula, em 2011, terminou o mandato com recorde na construção civil: crescimento de 11%, índice só alcançado no Plano Cruzado, em 1986.  De lá até  2016, a média era de 1200 habitações entregues por dia. De cada 10 habitações entregues pelo programa, 6 eram destinadas à faixa 1 de renda, ou seja, às camadas mais pobres da população.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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