Artigo: PT, 42 anos renovando a luta popular e a esperança do povo

Nos 42 anos de lutas, o PT comemora a sua história ressignificando as esperanças e a retomada das lutas populares pelo futuro do Brasil, afirma Lucinha Barbosa, Secretaria Nacional de Movimentos Populares e Políticas Setoriais

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Lula e Lucinha Barbosa

“Esse é o nosso país. Essa é a nossa bandeira. É por amor a essa pátria Brasil. Que a gente segue em fileira… queremos mais felicidades. No céu deste olhar cor de anil. No verde esperança sem fogo. Bandeira que o povo assumiu. Bandeira que o povo assumiu. A ordem é ninguém passar fome” (Música ‘Ordem e Progresso’, compositor Zé Pinto, 1997).

O capitalismo agoniza e oprime de todas as formas e a guerra é uma delas. O propósito é desmobilizar as lutas, oprimir e aumentar o lucro dos ricos através de métodos fascistas com barbárie impondo sacrifícios cruéis, violentos e massivos ao povo com incalculáveis prejuízos ao processo civilizatório. A resistência popular contra o avanço do imperialismo capitalista nas últimas décadas, mantém viva a memória da luta de classes.

Em 42 anos, o PT tornou-se a maior organização de esquerda da América Latina, protagonizando mudanças reais na vida da população. A sua história constrói-se nas lutas de esquerda, nos movimentos populares, sociais e de classe desde a oposição aos regimes autoritários pela anistia, redemocratização até a atuação nos governos democráticos lutando contra as injustiças, principalmente a econômica e social no combate às causas da pobreza. Inovou métodos com a participação popular, avançou em políticas públicas significativas ao desenvolvimento de uma nação soberana.

Na recente história, resistiu ao golpe à democracia. Exibido na vitrine das elites econômicas com a cumplicidade de parcela do estado brasileiro, religiosos e meios de comunicação. Criminalizam a política desde o mensalão, na deposição da Presidenta Dilma e na prisão política do ex Presidente Lula pela retomada do controle do Estado, impondo retrocessos com violência contra as conquistas da classe trabalhadora, transgredindo sem medidaos direitos humanos, políticos, econômicos, sociais, trabalhistas e ambientais em nosso país.

Sempre na defesa dos direitos da classe de maioria negra, mulher, indígena, jovem, sem-terra, teto e LGBTQI+ em diversos movimentos culturais, jurídicos, interreligiosos, contra a perda dos direitos na busca de sintonia com a real necessidade das pessoas para enfrentar a crise política, econômica e social que passa o Brasil; atuando para mudar a opinião pública sobre as consequências do golpe à democracia à pandemia propondo medidas para enfrentar a miséria, fome, desemprego, custo de vida, principalmente, o acesso à saúde e alimentos.

É necessário ressaltar a atuação das mais diversas organizações populares que cumprem papel decisivo em toda essa história na direção das mais diversas frentes: nas mobilizações, nos acampamentos, nas ações de solidariedade, no acolhimento, no cuidado coletivo e na distribuição de alimentos; articulando a contra ofensiva à antipolítica negacionista estabelecida durante a pandemia, que matou mais de 650 milhões de pessoas; denunciando o descaso dos governantes erguendo as bandeiras por direitos, renda, vacina e comida, além da defesa da soberania nacional pelo desmonte do estado em ações que enfraquecem as trincheiras inimigas.

O inimigo é o bolsonarismo, regime autoritário, de extrema direita continua em curso com as milícias organizadas e armadas. Diferente do passado, disfarçados na democracia, na nova política e na moral religiosa, a direita se reorganiza com identidade, narrativa, método político, base eleitoral, poder econômico e prepara-se para defender a sua ideologia até as últimas consequências.

Este regime de exceção foi acionado para sustentar a ofensiva do sistema neoliberal para: mudar as relações no mundo do trabalho, aprimorar com as novas tecnologias os sistemas de opressão, exploração através dos novos meios de produção, apropriação das riquezas e dos recursos naturais essenciais à vida e à soberania de uma nação.

Nesta conjuntura o desafio é a batalha político-ideológica de ressignificar as esperanças da população, de construir uma nova sociedade com democracia, justiça econômica e soberania; construir a unidade do campo democrático popular, impor derrota ao fascismo e buscar alterar a correlação de forças na sociedade.

Apontando as contradições do atual modelo econômico e impactos de submeter a condição de miséria a maioria da população. Comparar o passado e o presente, eleger Lula Presidente com uma base de sustentação política que assegure as mudanças necessárias para reverter o quadro do atual momento, vencendo as eleições.

Reafirmando o papel dirigente do nosso partido na construção e organização da luta de classe trabalhadora. Sabemos que a luta institucional é limitada e que a principal aliança que dará sustentação política é a classe operária e camponesa. Nos dias seguintes às eleições, o mundo continuará polarizado e as lutas continuam!

Empoderando o povo, isto consiste em fortalecer o papel, a participação, a autonomia e o protagonismo dos movimentos que organizam a sociedade para o exercício do poder popular.

Neste sentido, o PT vem mobilizando a militância para enfrentar os grandes desafios, realizando ações para a construção de programas: reconstrução e transformação, jornadas de formação, ações de solidariedade para barrar os retrocessos nas frentes institucionais que atuam nos governos e parlamentos.

Promove encontros setoriais, nacionais e internacionais para atualizar sobre as experiências, avanços e perspectivas da classe trabalhadora diante da atual circunstância, obtendo como resultado na extraordinária mobilização de milhares de filiadas e filiados nos encontros setoriais, municipal, estadual e nacional tendo como prioridade a política de retomada da organização de base.

Inaugura a formação de Comitês Populares de Lutas para abrir canais de escuta, dialogo, organização e mobilização permanentes da classe trabalhadora para buscar as melhores soluções para o país e, ao mesmo tempo, formar e organizar as inevitáveis lutas de massas.

Finalmente, a tarefa é: fortalecer o 8M, agenda de lutas das mulheres. No mês de março todos os comitês devem massificar com militância das ruas, cerrando fileiras aos movimentos feministas em todo o país.

Viva a Luta Popular,

Viva as lutas das mulheres trabalhadoras do campo e cidade,

Viva ao Partido das Trabalhadoras e dos Trabalhadores.

Lucinha Barbosa
Secretaria Nacional de Movimentos Populares e Políticas Setoriais
02 de março de 2022

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