Auditoria do BNDES derrota tentativa de Bolsonaro de criminalizar o PT

Segundo o relatório, não houve nenhuma irregularidade nos contratos firmados com a JBS, o grupo Bertin e a Eldorado Brasil Celulose, realizadas entre 2005 e 2018

Agência Brasil

Relatório final da auditória do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgado no fim do ano passado e veiculado pela mídia nacional, nesta segunda-feira (20), revela que a tentativa de o governo Bolsonaro de criminalizar o Partido dos Trabalhadores, a partir das operações financeiras realizadas pelo BNDES, cai por terra. Esse é o entendimento de parlamentares da Bancada do PT na Câmara.

Segundo o relatório, não houve nenhuma irregularidade nos contratos firmados com a JBS, o grupo Bertin e a Eldorado Brasil Celulose, realizadas entre 2005 e 2018. “Os documentos da época e as entrevistas realizadas não indicaram que as operações tenham sido motivadas por influência indevida sobre o banco, nem por corrupção ou pressão para conceder tratamento preferencial à JBS, à Bertin e à Eldorado”, diz trecho do relatório de oito páginas.

O líder da Bancada do PT, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), destacou em sua conta no Twitter que há mais de 10 anos circulam mentiras sobre o BNDES envolvendo Lula e Dilma. “Agora uma auditoria externa confirma o que sempre dissemos: nunca houve caixa-preta e nunca o BNDES foi tão lucrativo quanto nos governos do PT. Mas a essa altura a mentira deu cinco voltas ao redor do mundo”, criticou.

“Tentaram incriminar Lula, Dilma, lideranças do PT e gestores do banco! Quem paga por isso? Como reaver a reputação das pessoas? Era uma ação política de acusações orquestradas! Vocês têm de responder por isso. E agora Bolsonaro? E agora Lava Jato, Moro?”, questionou a presidenta Nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR),  em sua rede social.

Para o deputado Enio Verri (PT-PR), a auditoria externa além de derrotar Bolsonaro, atesta os bons antecedentes e a idoneidade do banco. ”A conclusão dessa auditoria prova o quanto idôneo é o BNDES, sua diretória e seus servidores. E quanto idôneo foi o nosso governo durante o período que dirigimos este País”, afirmou Verri, futuro líder da Bancada do PT a partir do mês de fevereiro.

Verri disse também que o governo Bolsonaro é totalmente ideológico, e que só consegue manter algum respaldo popular contando mentiras que, a cada dia, vão sendo desconstruídas. “É o caso do BNDES e muitos outros casos virão à tona. Isso só comprova que ele elegeu em cima de fake News e isso dura pouco tempo. Este ano ainda serão destruídas outras mentiras de Bolsonaro, e isso será cobrado pela população”, sentenciou Enio Verri.

Fake CPI

 

A deputada Margarida Salomão (PT-MG) foi membro da CPI do BNDES que teve como foco as supostas irregularidades no banco que nos governos do PT financiou políticas de apoio a empresas nacionais, promovendo o crescimento econômico no País, com geração de empregos e renda.

“Essa foi uma fake CPI porque ela não tinha nenhum fato concreto para ser investigado. Tudo que foi apresentado foram pedaços requentados de acusações sem provas. Só essa consultoria contratada pelo próprio BNDES para atestar o que nós já sabíamos: que o BNDES foi extremamente bem gerido no período da gestão do PT. Com essa auditoria, as sentenças do juizado de Brasília e todas aquelas acusações levianas que foram feitas contra o PT, suas lideranças e contra a direção do BNDES também caíram por terra”, lembrou a deputada.

Livro Verde

 

Margarida lembrou ainda que na gestão do governo golpista de Temer foi publicado o livro Verde do BNDES (balanço da atuação do banco entre 2001 e 2016), realizado durante a gestão de Paulo Rabelo de Castro, presidente da instituição, que trazia informações relevantes, “mostrando inclusive, não só a rigidez, a sanidade de todas as ações do banco como ainda demonstrando que o BNDES era extremamente lucrativo e imprescindível ao desenvolvimento brasileiro”.

O deputado Alencar Santana Braga (PT-SP) também destacou que o ‘Livro Verde’ do BNDES “atesta a lisura de todas as operações realizadas pelo banco no período”Ele acrescentou que a auditoria demonstra que alguns fantasmas criados pelo governo não existem. Segundo o parlamentar, foram situações plantadas, denúncias vazias com objetivo político de tentar criminalizar o PT. “Esse desperdício de dinheiro com a auditoria só comprova isso. Órgão independente, que recebeu do próprio governo, não encontrou nenhuma irregularidade e comprova a licitude das operações realizadas pelo banco. O relatório revela que não houve prejuízo para a instituição e nem qualquer tipo de fraude ou desvio”, apontou.

48 milhões

 

O deputado Rogério Correia (PT-MG) disse nas redes sociais que a “peça de campanha difamatória de Bolsonaro contra o PT era Fake. E ele fez o banco gastar R$ 48 milhões para descobrir mais uma mentira. Devia ser obrigado a ressarcir este dinheiro”, cobrou Correia.

Na mesma linha, o líder da Minoria no Congresso Nacional, deputado Carlos Zarattini (PT-SP) classificou de “inacreditável” o valor gasto para pagar a auditória da referida “caixa-preta” do BNDES batizada e utilizada por Bolsonaro durante campanha presidencial. “Inacreditável o montante gasto para uma operação política e criminosa, que buscou criminalizar nossa gestão frente ao BNDES. Governo tenta enfraquecer o banco público para abrir espaço para os bancos privados”.

Os deputados José Guimarães (PT-CE), João Daniel (PT-SE) e Beto Faro (PT-PA) também se manifestaram em suas contas no Twitter.

Por PT na Câmara

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