Auxiliar de Aécio teria recebido 3% de valor de obra em propina

Tesoureiro informal das campanhas do senador teria recebido propina em obra de complexo administrativo em Belo Horizonte, segundo delação de empresário

Foto: Lula Marques/Agência PT

Novamente, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi citado em uma delação premiada da operação da Lava-Jato. Léo Pinheiro, sócio e ex-presidente da OAS vai relatar que 3% do valor de uma obra em Minas Gerais foi pago a um dos principais auxiliares de Aécio, e operador informal das finanças da campanha do senador à presidência em 2014 e outras campanhas anteriores do político, Oswaldo Borges da Costa Filho.

A informação é do jornal “Folha de S.Paulo“. O suborno teria sido pago durante as obras da Cidade Administrativa, um complexo feito para abrigar 20 mil funcionários públicos em Belo Horizonte (MG). A obra estava inicialmente orçada em R$ 949 milhões, mas acabou custando R$ 1,26 bilhão. As obras foram iniciadas durante a gestão de Aécio Neves (PSDB) como governador de Minas Gerais.

Ainda segundo a reportagem do jornal, Oswaldo é casado com a filha do padrasto de Aécio. Em 2002, na primeira gestão como governador de Minas, Aécio colocou Oswaldo para presidir a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), empresa que fez a licitação e cuidou da obra.

Não é a primeira vez que o senador tucano é citado na Lava-Jato. O STF já aceitou uma investigação proposta a partir de delação de Alberto Youssef e  Delcídio do Amaral. Segundo a delação, Aécio teria recebido propina em um esquema operado na estatal Furnas. Além disso, Aécio teria operado para obstruir investigações na CPI dos Correios, alterando dados do Banco Rural.

Já Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, afirmou que Aécio repassou propina para cerca de 50 deputados em troca de apoio na sua eleição à presidência da Câmara dos Deputados, no ano de 2001.

Aécio também foi citado na delação do Carlos Alexandre de Souza Rocha, o Ceará, um dos entregadores de dinheiro de Yousseff. Ceará afirma que por meio de um diretor da empresa de engenharia UTC teria entregue R$ 300 mil a Aécio. O senador ambém aparece na delação de Léo Pinheiro, executivo da OAS.

Da Redação da Agência PT de Notícias

Tópicos:

LEIA TAMBÉM:

Mais notícias

PT Cast