Metalúrgicos da Mercedes-Benz de São Bernardo inauguram seu Comitê Popular

O objetivo é fortalecer a luta da categoria e trazer consciência política para os jovens dentro da fábrica

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Trabalhadores criam comitês

Os trabalhadores e trabalhadoras da fábrica da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo (SP) inauguraram recentemente seu Comitê Popular de Luta. O Comitê foi organizado a partir das experiências que os metalúrgicos já tinham adquirido com a construção e manutenção do Comitê Lula Livre. “Nós começamos a montar nosso Comitê Popular de Luta aproveitando a organização que tínhamos desde a criação do Comitê Lula Livre. Porque o Lula está livre, mas a luta continua”, disse Max Pinho, secretário-geral da FEM (Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT) e ex-coordenador do Comitê Lula Livre. 

O objetivo do Comitê Popular da Mercedes-Benz é fortalecer a luta da categoria por melhores condições de trabalho, além de manter a militância unida e consciente da importância das eleições neste ano. “Se você abaixar a cabeça e não lutar, você não consegue os seus objetivos. E o nosso é melhorar a situação do trabalhador, a nossa luta é essa”, defendeu Carlos Antônio dos Santos (Carlão), ex-coordenador do Comitê Lula Livre. 

O secretário geral da FEM/CUT, Max Pinho, conta que desde a criação do Comitê Lula Livre na fábrica já se percebia a necessidade de reunir as pessoas em torno daquela causa. “Havia muitos trabalhadores incomodados com o que estava acontecendo, com as mentiras colocadas pela mídia. Mas cada um no seu canto, porque o ódio estava muito impregnado. Então, você via pessoas que não concordavam com aquilo, mas por conta do medo iam se isolando”, lembrou Max. Hoje, um dos focos principais do Comitê de Luta da Mercedes é conscientizar os jovens sobre a importância do voto nessas eleições e a necessidade da continuidade da mobilização mesmo após as eleições. Atualmente metade da fábrica é formada por jovens de 25 a 35 anos.  

O Comitê vem elaborando uma série de ações: estão sendo confeccionados materiais abordando a temática da indústria para distribuir na porta da fábrica. No próximo sábado (30), será realizado um bandeiraço apresentando o Comitê de Luta. Também estão planejadas diversas ações digitais. “Vamos produzir vídeos falando de democracia, soberania e geração de empregos. Não vamos abandonar as ações de rua, mas vamos ter muitas ações nas redes. Hoje a gente vê como o povo do Bolsonaro atua com as fake news, então temos que estar muito atentos e ativos nas redes também para combater isso”, disse Romeu Pereira da Silva, atual coordenador do Comitê de Luta da MBB.  

Trabalhadores da Mercedes-Benz Brasil preparam faixas para o lançamento do Comitê Popular de Luta na fábrica

O movimento pela criação de Comitês de Luta da categoria de metalúrgicos vem crescendo em todo o Brasil. A Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do Rio Grande do Sul (FTM-RS), em encontro realizado em março, estabeleceu a meta de criação de 100 novos Comitês no estado. Outras categorias em diversos estados também estão se mobilizando. Na última sexta (22), foi criado em Fortaleza o Comitê em Defesa dos Bancos Públicos. O Comitê vai defender a soberania nacional, os bancos públicos, a reforma tributária e o combate ao desemprego, à fome e à miséria. Também no Ceará foi criado no início do mês, pela Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Ceará (Fetraece), o Comitê Estadual de Luta da Agricultura Familiar.  

No estado de São Paulo, na região do ABC, trabalhadores de outras fábricas além da Mercedes-Benz também começam a se mobilizar para a criação de seus Comitês de Luta. Para o ex-coordenador do Comitê Lula Livre, Carlão, os Comitês “dão uma possibilidade de crescimento, não só na questão política, mas como cidadão. Você estar ao lado de pessoas que pensam além do próprio umbigo é muito bom. É uma coisa que te dá mais força e mais ânimo para continuar na luta”. A coordenação do Comitê da Mercedes-Benz planeja reativar o núcleo do PT dentro da fábrica, para dar continuidade à luta. “E se o Lula entrar e assumir como presidente, a gente não pretende se acomodar. A nossa luta vai continuar e o Comitê vai seguir atuando. Vamos continuar trabalhando para politizar as pessoas, para trazer consciência política à sociedade”, concluiu o atual coordenador, Romeu Pereira da Silva. 

Clique aqui para baixar a cartilha e construir o seu Comitê Popular de Luta. 

Da Redação/Comitê Popular de Luta

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