Cresce o número de Comitês Populares de Luta no Brasil

No Ceará, bancários lançaram o primeiro dos 100 comitês no Estado com foco na defesa de bancos públicos, direitos e combate à miséria. Veja como criar e participar dos comitês

CUT / Ceará

Cresce o número de Comitês Populares de Luta no Brasil

A luta pela democracia, por melhores condições de vida para os brasileiros, pela retirada de Bolsonaro e por mudanças significativas no país uniu bancários, metalúrgicos e movimentos populares para criar novos Comitês Populares de Luta pelo Brasil.

Desde que a direção da CUT lançou, em 22 de fevereiro os Comitês de Luta em Defesa da Classe Trabalhadora, pela Vida e Democracia, espaços de solidariedade, diálogo com a sociedade, organização e luta para reconstruir o Brasil, várias entidades vêm organizado suas bases para lançar comitês de luta voltados à pauta de suas categorias e em defesa do Brasil e dos brasileiros em diversas regiões do país.

O Partido dos Trabalhadores também está engajado na criação de novos Comitês Populares de Luta, cujos espaços são utilizados para a organização de debates, encontros, manifestações artísticas, culturais e de comprometimento com a luta popular para transformar o país.

O projeto de criação dos Comitês, que estão sendo formados em conjunto com os Movimentos Sociais e a Central Única dos Trabalhadores (CUT), prevê a criação de 5 mil Comitês de Luta até maio deste ano.

Em todo o país, foram criados centenas de comitês de luta, sendo que muitos deles por setoriais representativos das mais diversas camadas da sociedade civil, além dos criados por filiados e militantes do PT em seus respectivos  municípios e regiões.

O conceito dos Comitês Populares não é igual ao conceito tradicional de comitê eleitoral, embora em determinados momentos possam servir a isso também. O objetivo principal é agrupar as pessoas em seus territórios levando em consideração a realidade de cada lugar.

A ideia é estimular os Comitês a dialogarem com o povo, como o PT fazia desde o início da sua fundação, através dos núcleos de base e das suas demais instâncias.

Acesse aqui para saber como criar os Comitês Populares de Luta.

Santa Catarina

Em Santa Catarina, em uma reunião com aproximadamente 200 pessoas, foi planejado a criação de mais 60 comitês. Os Comitês Populares de Luta serão construídos nos locais de trabalho, de moradia, nas comunidades e em todos os locais onde for possível para fazer o debate com a população, mobilizar em torno da solidariedade e das reivindicações do povo brasileiro e eleger representantes da classe trabalhadora.

O encontro foi organizado pela direção da CUT-SC e representantes do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST), com apoio de outras centrais sindicais e partidos como PT, PSOL, PCdoB, movimento estudantil e movimentos sociais do campo e da cidade.

Ceará

No Ceará, no Encontro Estadual dos Bancários, representantes dos sindicatos e lideranças da CUT e da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-CUT) também planejaram a criação de comitês com foco na soberania nacional, na defesa dos bancos públicos, da reforma tributária, do sistema financeiro que queremos, dos direitos e do combate ao desemprego, à fome e à miséria.

A meta dos bancários é a de criar pelos menos 100 comitês no estado.  A mesma meta foi estabelecida pela Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do Rio Grande do Sul (FTM-RS), em encontro realizado em março, no Sul do país.

Os metalúrgicos vão usar os comitês para fortalecer a mobilização da categoria durante a campanha salarial 2022/2023 e também o debate das eleições de outubro. No início deste mês, a Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Ceará (Fetraece) criou o Comitê Estadual de Luta da Agricultura Familiar.

Acesse aqui o Guia Sindical de Organização e Mobilização dos Comitês de Luta

Defesa dos Bancos Públicos

Conforme os sindicalistas, a criação do “Comitê em Defesa dos Bancos Públicos” é estratégica para o desenvolvimento do país, para que seja fornecido crédito a juros mais baixos, para que haja financiamento de moradias de alto padrão e populares, até à agricultura, grandes empresas, micro empresas e setores informais.

“Hoje quem não está com fome, está comendo pouco, recebendo pouco, desempregado e endividado. Essa é a realidade da maioria da população em um governo que claramente favorece e enriquece ainda mais o sistema financeiro em detrimento do sofrimento do povo”, afirmou a presidenta da Contraf-CUT, Juvândia Moreira.

Conscientização da população

Além de prestar solidariedade aos que mais precisam neste momento trágico do país, arrecadando e distribuindo alimentos, por exemplo, os Comitês têm o papel de conscientizar a população sobre a necessidade de o país retomar o rumo do desenvolvimento com geração de emprego e renda, para que a população volte a ter dignidade. E as eleições 2022 são cruciais para que o país seja salvo

“Eleger Lula presidente, hoje, não é questão partidária, é uma questão de classe”.

Atos 1º de Maio

Os Comitês Populares de Luta também se mobíliam para os atos no dia 1º de Maio, no próximo domingo. A celebração do Dia Internacional do Trabalhador e da Trabalhadora volta às ruas de todo o país em 2022, após dois anos de eventos online em virtude do isolamento social para conter o avanço da pandemia da covid-19, com o tema “Emprego, Direitos, Democracia e Vida”.

O ato principal será realizado em São Paulo, na Praça Charles Muller, no Pacaembu, a partir das 10h, e está sendo organizado pela CUT, Força Sindical, CTB, UGT, NCST, Intersindical – Central da Classe Trabalhadora e Pública.

Confira, aqui, onde já tem atos marcados.

Da Redação, com informações da CUT

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