Bolsa Família: 45% dos dependentes de beneficiários conseguiram emprego formal

Estudo aponta que aproximadamente 5,2 milhões de filhos e filhas das famílias do programa foram registrados na RAIS – pesquisa oficial sobre o mercado formal de trabalho – entre 2015 e 2019

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Efeito Lula: Bolsa Família insere 45% dos dependentes de beneficiários no mercado formal de trabalho

O apoio econômico e social do programa Bolsa Família, retomado pelo presidente Lula, confirma um cenário próspero para as famílias brasileiras que dependem do benefício para viver dignamente. Pelo menos 11,6 milhões (45%) de filhos e filhas de beneficiários do programa ingressaram no mercado formal de trabalho, segundo pesquisa divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo.

Os dados são de um estudo feito por pesquisador do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS), em parceria com a consultoria Oppen Social e um pesquisador da Escola Brasileira de Economia e Finanças, da Fundação Getúlio Vargas (FGV EPGE).

Aproximadamente 5,2 milhões de dependentes das famílias do programa, entre 7 e 16 anos em 2005, foram encontrados ao menos uma vez na pesquisa oficial de mercado de trabalho formal (Rais) de 2015 a 2019.

O resultado do estudo é fruto do cruzamento de registros da folha de pagamento do Bolsa Família e da Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

Além da mensuração da emancipação dos dependentes com acesso ao mercado de trabalho, os investigadores também apontam a qualidade do emprego.

De acordo com a pesquisa, filhos e filhas do Bolsa Família foram distribuídos nas seguintes empresas: em micro (28%), pequenas (26,4%), grandes (22,5%) e médias empresas (11,6%). Uma parcela menor estava, ainda, na agropecuária (5,9%) e na administração pública (4,9%).

O líder do PT no Senado Federal, Fabiano Contarato (PT/ES), reverbera a importância de uma política pública como o Bolsa Família para a melhoria do povo brasileiro que mais necessita de apoio social e econômico.

“Os dados mostram a importância de o governo pensar políticas públicas que, de fato, atendam quem mais precisa. Governar é, antes de mais nada, cuidar da população. Não há dúvidas do poder de programas sociais como o Bolsa Família. Ao contrário do que os críticos falam, não é uma acomodação para os beneficiários. Ele é um impulsionador, representa uma renda extra que pode ser usada, também, para qualificação familiar, como revela a pesquisa. Tudo isso resulta em novas perspectivas de crescimento, de trabalho, de futuro e até de avanço da economia do país. Como o nome diz, é um benefício para toda a família. O Brasil que se preocupa com todos voltou”.

O líder do PT na Câmara, o deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR), também se manifestou em suas redes sociais sobre os dados divulgados em relação aos beneficiários do Bolsa Família:

Conquista do emprego formal

A valorização do mercado de trabalho formal sempre foi premissa para o presidente Lula, que já garantiu registro de expansão econômica em outros mandatos de seu governo.

Somente em março desde o ano, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) mostram que o  trabalho formal encontra-se em expansão no Brasil . No período, houve a criação de 195.171 postos formais. O número representa aumento de 97,57% em relação ao mesmo período de 2022, quando foram abertas 98.786 vagas. 

Desemprego chega ao menor nível desde 2015

Segundo informações do Ministério do Trabalho e Emprego (TEM), o saldo positivo foi registrado em 22 estados e em quatro dos cinco grandes agrupamentos de atividades respiratórias. Desde o início do ano, o está acumulado em 526.173 postos com carteira assinada. Para se ter uma ideia, no trimestre encerrado em abril, a taxa de desemprego registrada foi a menor para o período desde abril de 2015, ficando em 8,5%. 

Com o Bolsa Família, voltado às famílias independentes do país, não é diferente. A conquista do emprego formal pelos jovens que participaram e participam do programa significa ascensão econômica para toda a família desde 2003, quando foi criado pelo presidente Lula.

Conforme reportagem da Folha, o diretor-presidente do IMDS e investigador do estudo, Paulo Tafner , ressalta que quando a família tem suas necessidades básicas atendidas, o horizonte para melhorar a vida e conquistar um emprego estável aumenta.

“É preciso lembrar que os jovens que foram beneficiários do Bolsa Família estavam no passado em uma situação de precariedade. A maioria dos postos no Brasil não é boa, o país não está crescendo em ritmo forte há cerca de 40 anos e, para quem antes depende da transferência de renda, é um grande avanço estar no mercado de trabalho formal”.

Para uma coordenadora de projetos do IMDS, Giovanna Ribeiro, a rede de apoio criada em torno do Bolsa Família, com incentivo à frequência escolar e vacinação das crianças ou o pré-natal para mulheres grávidas, pode ajudar futuramente esses jovens.

“Há vários indicativos mostrando que quem sai do Bolsa consegue acessar o mercado formal”.

Beneficiários que estudam

A pesquisa destaca ainda que 31,8% dos beneficiários com ensino superior conseguem maior rendimento de salário. Para quem completou o ensino fundamental, pelo 8,8% dos filhos e filhas de beneficiários do Bolsa Família acessaram o trabalho formal.

O estudo também detalha as ocupações de ex-beneficiários do programa. Entre os principais trabalhos na administração pública conquistados com superior completo estão o de professores do ensino fundamental (15%), agentes e auxiliares administrativos (11%), dirigentes do serviço público (10%) e enfermeiros e afins (3%).

A pesquisa considera dados até 2019, mas os pesquisadores devem elaborar outro estudo para avaliar os efeitos da crise gerada pela pandemia da Covid-19 no emprego e renda de ex-beneficiários.

Resultados garantidos em outros estudos

Ao longo dos anos, quase 20 mil estudos sobre os resultados alcançados pelo Bolsa Família foram realizados. E o que eles mostram é que esse programa mudou a cara do Brasil para muito melhor.

Um desses estudos, feito por Dandara Ramos e Nívea Bispo, mostrou que o Bolsa Família  incluiu em 16% a mortalidade de crianças de 1 a 4 anos, entre 2006 e 2015 .

Em 2018, quando o Bolsa Família completou 15 anos, o Ipea  publicou um livro com vários desses resultados , constatando que o programa resistiu à pobreza em 15% e à extrema pobreza em 25%, além de responder por 10% de redução da desigualdade observada no Brasil entre 2001 e 2015.

No estudo do Ipea, descobre-se também que, só em 2017, o Bolsa Família retirou 3,4 milhões de pessoas da pobreza extrema e outros 3,2 milhões da pobreza. No ano seguinte, 12,6 milhões de beneficiários entre 6 e 17 anos tiveram sua participação escolar correspondente, dos quais 94,9% atingiram a frequência escolar mínima.

Ainda, 8,9 milhões de famílias tiveram acompanhamento das práticas de saúde, das quais 98,8% das crianças cumpriram o calendário de vacinação, 80,1% tiveram acompanhamento nutricional registrado e 99,5% das gestantes cumpriram a agenda do pré- natal.

Durante a era Lula e Dilma, os feitos são mais impressionantes: 36 milhões de pessoas foram retiradas da extrema pobreza; apenas 2,9% de taxa de evasão escolar; e 1,69 milhão de famílias que abriram mão do benefício porque não precisavam mais dele.

Ouça o boletim da Rádio PT sobre o Bolsa Família:

Da Redação , com informações do jornal Folha de S. Paulo

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