Brasil inaugura centro de cooperação internacional de polícias

Grupo montado para reforço à segurança do Mundial conta com 220 policiais de diversos países do mundo

centro policial

Sob a coordenação de policiais federais, 220 representantes das polícias de diversos países do mundo participarão das atividades de monitoramento no Centro Internacional

O governo federal inaugurou, nesta segunda-feira (9), o Centro de Cooperação Internacional (CCPI). O espaço, instalado no Complexo da Polícia Federal (PF), em Brasília,  reúne mais de 220 policiais de vários países, além de agentes da corporação,  responsáveis pela coordenação dos trabalhos.  Durante toda a Copa do Mundo, o centro terá  foco voltado para a segurança dos torcedores e das delegações em todas as 12 cidades-sede da competição.

Os policiais estrangeiros farão a segurança de suas delegações e também estarão presentes nos estádios. Em todas as ações os representantes das polícias estrangeiras deverão estar fardados com os uniformes operacionais usados em seus respectivos países.

O grupo também vai atuar no combate à exploração sexual de menores e na vigilância das torcidas violentas. Para isso, foi feito um banco de dados com várias informações sobre as torcidas de cada país que participa do evento, com os nomes dos torcedores que costumam se envolver em badernas nos estádios de futebol. Só da Argentina, foram enviados 2,1 mil nomes de pessoas com histórico de violência. Eles poderão ter a entrada negada no País.

Além do Brasil e dos outros 31 países que disputarão a Copa do Mundo, o Centro de Cooperação Internacional terá representantes da Organização das Nações Unidas (ONU), Interpol (a polícia criminal internacional) e Ameripol (associação que reúne policias de 30 nações da América Latina). Moçambique, Venezuela, Angola, Tanzânia, Catar e Peru, que não estarão jogando o mundial, também enviaram agentes para integrar o grupo. “O objetivo é congregar os esforços internacionais para garantir maior segurança na Copa do Mundo”, afirmou o coordenador-geral de Cooperação Internacional da PF, Luiz Cravo Dórea.

Segundo Dórea, durante mais de um mês, 220 policiais estarão trocando informações com as autoridades brasileiras e com representantes de outras nações. Os bancos de dados estrangeiros também serão compartilhados para a verificação de documentos e registros criminais. Isso possibilitará à PF tomar medidas judiciais de imediato. Pelo menos três integrantes das comitivas de cada país ficarão sediados no CCPI, em Brasília, visualizando, por meio de câmeras, todos os estádios e deslocamentos de suas seleções, em um vídeo wall, com telões gigantes. Em média, cada delegação dos países participantes trará ao Brasil sete policiais.

 

Por Edson Luiz, da Agência PT de Notícias

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