Comitê Argentino denuncia prisão política e exige Lula Livre

Dirigentes sindicais destacam a importância da candidatura de Lula para barrar os retrocessos do golpe no Brasil, como a reforma trabalhista

Fetia Oficial

Entidades argentinas e CUT São Paulo em ato por Lula Livre

Em encontro realizado na noite dessa segunda-feira (13), na sede da Unión Obrera Metalúrgica (UOM), na Argentina, o Comitê Argentino de Solidariedade a Lula reforçou a defesa pela liberdade do ex-presidente, preso político desde o dia 7 de abril, na Superintendência da Polícia Federal do Paraná, em Curitiba.

Entidades sindicais e movimentos populares participaram da atividade. Pela CUT São Paulo, o secretário-geral João Cayres denunciou a perseguição política e as manobras de setores da direita no Brasil que não querem Lula como candidato à Presidência da República nas eleições que ocorrerão em outubro.

“Os comitês de solidariedade fortalecem a luta internacional. Os argentinos, assim como outros países, estão empenhados não apenas na liberdade de Lula como também em sua candidatura. Eles sabem o que isso representa para a América Latina, ainda mais neste cenário de governos neoliberais ou golpistas, como no caso brasileiro”, disse.

Cayres também destacou os males que a reforma trabalhista, que estabeleceu uma série de modificações na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), tem causado para a classe trabalhadora.

“Ela tem feito estragos nas mesas de negociações entre trabalhadores e patrões na tratativa de temas como local de homologação da rescisão, banco de horas e intervalo intrajornada. Sem falar das inúmeras demissões”, apontou.

O dirigente se refere às demissões por comum acordo entre trabalhadores e empresa, promovidas a partir da reforma. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, de junho deste ano, foram fechados 13.236 acordos deste tipo.

Comitês internacionais

Além do ato realizado na sede da UOM, movimentos têm organizado ações pela Argentina. Em 19 de maio, milhares de argentinos participaram na Plaza de Mayo, em Buenos Aires, do festival de música e arte pela liberdade do ex-presidente Lula e em memória da vereadora Marielle Franco, assassinada no Rio de Janeiro em 14 de março.

Para o secretário-Adjunto de Relações Internacionais da CUT, Ariovaldo de Camargo, essa movimentação é resultado dos oito anos de governo Lula e de como o ex-presidente se transformou num símbolo e porta-voz latino-americano. “Se Lula for eleito sabemos que ele resgatará não apenas a democracia no Brasil como não permitirá que a retirada de direitos continue. É uma resistência que atravessou os muros do Brasil e tem alcançado os cinco continentes do mundo”, afirma.

Segundo o dirigente, ao Comitê Argentino de Solidariedade a Lula somam-se outros comitês construídos no exterior, como o de Londres, Genebra, Paris, Washington, Berlim, Nova York, Lisboa, Madri, Barcelona, Roma, Amsterdã, Santiago, Montevidéu, Montreal e Viena. Em breve serão criados comitês em Estocolmo, na Suécia, e em Copenhague, na Dinamarca.

Por CUT-SP

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