Cresce a divulgação de mensagens neonazistas e mentirosas no Telegram 

Pesquisadores constatam que grupos de extrema-direita, muitos de apoio a Bolsonaro, intensificaram a disseminação de ódio contra judeus e também de fake news

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Muitas das fake news têm Lula como alvo

O Telegram tem sido cada vez mais usado por grupos de extrema-direita no Brasil para espalhar fake news e mensagens neonazistas e de ódio contra judeus. É o que mostra uma pesquisa feita por pesquisadores das universidades federais da Bahia e de Santa Catarina, divulgada nesta quarta-feira (16) pela Folha de S. Paulo.

Segundo o projeto “Ecossistema de desinformação e propaganda computacional do Telegram”, que monitora 69 grupos e 186 canais de extrema-direita, a postagem de vídeos e áudios de conteúdos abertamente neonazistas aumentou consideravelmente desde dezembro de 2021.

Esses materiais servem, ao mesmo tempo, para espalhar fake news, uma vez que os judeus são retratados como “anticristãos” que agiriam “em prol da vacinação em massa em contexto mundial”.

Ainda de acordo com os pesquisadores, muitos desses grupos são claramente de apoio a Jair Bolsonaro e disseminam diferentes fake news que o atual presidente espalha com frequência, como as relacionadas às urnas eletrônicas e à vacinação de crianças contra a Covid-19. 

Também são constantes os ataques ao STF, às instituições públicas de saúde, aos meios de comunicação e ao ex-presidente Lula. Um dos vídeos mais compartilhados, por exemplo, fala de um “plano que envolve morte de Bolsonaro para eleger Lula”.

Banimento do Telegram

Outro tema constante diz respeito a formas de evitar o banimento do Telegram. O aplicativo tem sido alvo de questionamentos por constantemente ignorar pedidos da Justiça brasileira. No mês passado, o então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, não descartou a possibilidade de o aplicativo ser suspenso no Brasil.

Recentemente, a plataforma atendeu, pela primeira vez, a uma determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, e bloqueou páginas do bolsonarista Allan dos Santos, acusado de integrar a milícia digital que usa a internet para promover ataques à democracia e a instituições como o STF. Depois de ter a prisão decretada, Allan fugiu para os Estados Unidos.

Da Redação

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