Datafolha: 58% não conseguem citar medida positiva do governo Bolsonaro

Levantamento evidencia que é crescente a percepção dos brasileiros de que em seis meses Bolsonaro não fez nada para o povo e só prejudicou os direitos dos trabalhadores

Marcelo Camargo/Agência Brasil

Jair Bolsonaro (PSL) está a mais de seis meses na Presidência e até agora não fez absolutamente nada pelo povo. Essa percepção é crescente entre os brasileiros, é o que mostra uma pesquisa do Datafolha, que constatou que 58% dos entrevistados não sabem ou não conseguem citar medida positiva do atual governo. De acordo com o levantamento, divulgado pela Folha de S.Paulo nesta segunda-feira (22), quando questionados sobre o que de melhor foi feito, 39% responderam ‘nada’ e outros 19% não souberam responder à pergunta.

O Datafolha apontou ainda que o percentual de brasileiros que não destacam qualquer ação positiva do governo no período – “nada” – sobe para 45% entre as mulheres; para 46% entre entrevistados do Nordeste; e 52% para fiéis de religiões de matriz africana. O número chega a 76% na faixa dos que avaliam a gestão como “ruim ou péssima”. A tendência, inclusive, é que a avaliação no Nordeste piore ainda mais, uma vez que Bolsonaro deixa  mais evidente, a cada dia, seu desprezo e preconceito pela região.

O despreparo de Bolsonaro e a percepção de que seu desgoverno não fez nada pelos trabalhadores já é evidente até mesmo entre os seus eleitores. Segundo o Datafolha, 17% dos brasileiros que votaram em Jair responderam não ver o que destacar positivamente das ações do governo.

Armas e reforma da Previdência

O instituto perguntou aos entrevistados quais foram as principais iniciativas negativas do governo de Bolsonaro. Para 21% dos brasileiros, o decreto de armas foi a principal medida antipovo. A reforma da Previdência também foi criticada – 12%. A incapacidade e falta de postura de Jair (imagem pública) também aparecem como um dos pontos mais críticos – 9%. Este quesito, segundo o Datafolha, inclui declarações consideradas desnecessárias e/ou ofensivas, relação com os filhos e articulação política.

A pesquisa  foi realizada nos dias 4 e 5 de julho e ouviu 2.086 pessoas, de 16 anos ou mais, em 130 cidades brasileiras. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, e o índice de confiança é de 95%.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Folha de S.Paulo

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