Depoimento de Lula na Justiça Federal comprova perseguição, avaliam petistas

“Ele teve que responder porque disse que este governo é dirigido por milicianos. Não há nenhuma dúvida do envolvimento deste governo com as milícias”, disse Erika Kokay

Joka Madruga

Lula

Parlamentares da Bancada do PT se revezaram na tribuna da Câmara, na tarde desta quarta-feira (19), para se solidarizar com o ex-presidente Lula, que depôs hoje na Justiça Federal em Brasília, em ação aberta a partir de uma denúncia sem fatos nem provas. “Tive oportunidade de acompanhar o depoimento e pude ver de perto como ele (Lula) com sua coragem, com clareza e com a firmeza de um homem inocente que está sendo perseguido se portou perante o juiz e o Ministério Público”, afirmou o deputado Paulo Guedes (PT-MG).

Além de manifestar a sua solidariedade ao ex-presidente, Paulo Guedes explicou que os que tentam condenar Lula fazem parte de uma elite, que se aliou com integrantes da Polícia Federal e do Ministério Público porque não aceitaram as transformações sociais que o governo do PT fez para este País. “Eles perseguem Lula porque não aceitaram que foi no governo Lula que nós levamos 12 milhões de pessoas a saírem da escuridão do candieiro por meio do Luz para Todos, que nós construímos mais de 5 milhões de moradia, que colocamos os pobres, os negros, os índios e todos aqueles que não tinham oportunidades nas universidades. Nós transformamos este País”, enfatizou.

É por isso, o legado dos governos do PT, que na avaliação do deputado Guedes que eles vão tentar, todo o tempo, trazer de volta denúncias para tentarem iludir a população brasileira e esconder o governo Lula. “E é por isso que nós estamos solidários ao presidente Lula, pela sua coragem, pela sua firmeza, pela sua lucidez de enfrentar frente a frente cada denúncia leviana que colocam sobre ele”, afirmou.

O deputado do PT mineiro acrescentou que que Lula é forte. “E ele é forte porque está presente nos quatro cantos desse País. Em qualquer lugar do Brasil tem a presença do governo do PT, seja com cisternas, seja com o Luz para Todos, seja com energia, seja com a oportunidade de emprego, com geração, com Pronaf. Ou seja, o governo Lula existiu para todas as classes, gerou emprego, renda e oportunidades. Isso a elite não sabe fazer. A elite do Paulo Guedes, do Bolsonaro e do Moro só consegue olhar para o próprio nariz. Para eles, o Brasil é só de uma pequena minoria”, protestou.

Desafio

 

O deputado Vicentinho (PT-SP), que também acompanhou a depoimento, destacou na tribuna que o ex-presidente Lula desafiou os que o perseguem e o acusam a apresentar provas. “O Lula, diante daquelas autoridades, fez um desafio veemente que já tinha feito em vários outros momentos. O presidente pediu para mostrar uma prova contra ele, em qualquer momento da sua história de vida. Como não tem, fica comprovado que é mais uma perseguição”, afirmou o “O nosso companheiro Lula é um perseguido político, e, por este motivo, tem a nossa mais profunda solidariedade. Eu tenho certeza de que a verdade um dia virá à tona. A verdade será plena”, completou.

O deputado João Daniel (PT-SE) também acompanhou o depoimento na Justiça Federal de Brasília e disse, em plenário, que presenciou a perseguição ao Lula e ao Nordeste. “O melhor presidente que esse País já teve está respondendo por uma medida provisória que foi aprovada, por unanimidade, no Congresso Nacional. Essa denúncia é uma invenção. Querem jogar para a opinião pública uma narrativa de que houve interesses”. O deputado lamentou ainda o fato de o depoimento não ter transmitido, “para mostrar ao Brasil a altura de um homem que tem dignidade, que tem justeza, que tem ética, que tem moral e que deixa cada vez mais preocupados aqueles que não querem justiça”.

Segurança nacional

 

A deputada Erika Kokay (PT-DF) também foi à tribuna protestar contra a perseguição ao ex-presidente Lula. Além do depoimento sobre a medida provisória do setor automobilístico, a deputada disse que Lula teve que responder por uma acusação de crime contra a segurança nacional. “Ele teve que responder porque disse que este governo é dirigido por milicianos. Lula dançou com a verdade, se abraçou à verdade, porque não há nenhuma dúvida do envolvimento deste governo com as milícias”, afirmou.

A deputada destacou que o miliciano Adriano Nóbrega foi assassinado, “e o próprio presidente da República disse que foi queima de arquivo. Ele se diz réu confesso, porque diz que foi queima de arquivo! Qual é o arquivo que Adriano carrega? Aquele que teve seus parentes abrigados no gabinete de Flávio Bolsonaro! Aquele que foi homenageado por Flávio Bolsonaro, que tinha relações profundas — e que não podem ser ditas”, acrescentou.

Erika Kokay enfatizou que o ex-presidente disse e que ela repetia: “Este País está sendo governado por aqueles que acobertam a milícia e que estão irmanados com a milícia, que é uma forma de romper o Estado Democrático de Direito. São milicianos! Milicianos digitais, milicianos na forma como conduzem o Brasil como se estivessem jogando um videogame. Um País que está afundando!”, lamentou.

Por PT na Câmara

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