Deputados do Parlasul repudiam prisão arbitrária de Boulos

Parlamentares da Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela criticaram a prisão de Boulos, que lutava pelo direito à moradia digna de mais de 3 mil pessoas

Deputados do Parlasul denunciam “Estado de exceção” no Brasil. Foto: Reprodução Facebook do Parlasul

Parlamentares da Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela, integrantes do Grupo Progressista do Parlasul (Parlamento do Mercosul), divulgaram nota, nesta terça-feira (17), condenando a prisão do coordenador do MTST, Guilherme Boulos. Ele foi preso, de forma arbitrária pela Polícia Militar, durante uma reintegração de posse na Zona Leste de São Paulo.

Para eles, “a prisão de Boulos é um sintoma da situação política e social que o Brasil e a região vivem com governos de direita que tentam criminalizar os movimentos sociais, eliminar as liberdades e os direitos sociais”.

Na declaração, os parlamentares também denunciaram o “Estado de Exceção que ataca os direitos civis e políticos e tenta neutralizar, com violência e autoritarismo, a oposição ao retrocesso neoliberal”.

Confira a íntegra da nota:

“Declaração do Grupo Progressista do Parlasul contra a prisão de Guilherme Boulos, líder do MTST

Os parlamentares da Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela integrantes do Grupo Progressista do Parlasul repudiam a prisão arbitrária do companheiro Guilherme Boulos, membro da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) do Brasil.

Guilherme Boulos foi detido hoje (17/01/17) pela Polícia Militar de São Paulo quando facilitava o diálogo e acompanhava a reintegração de posse da “ocupação Colonial”, buscando um resultado em favor das mais de três mil pessoas que ocupavam dois terrenos particulares e um terreno da prefeitura de São Paulo. Boulos lutava pelo direito à moradia digna e uma solução pacífica para a disputa que ainda estava em mãos do Poder Judicial.

A prisão de Boulos, por suposta desobediência civil, é um sintoma da situação política e social que o Brasil e a região vivem com governos de direita que tentam criminalizar os movimentos sociais, eliminar as liberdades e os direitos sociais conquistados com muito esforço pelo povo nos últimos quinze anos. A Polícia Militar de Geraldo Alckmin (PSDB) viola claramente o direito à livre manifestação garantida pela Carta Magna brasileira.

No Brasil, o golpe cometido contra a presidente legitimamente eleita vem implementando um Estado de Exceção que ataca os direitos civis e políticos e tenta neutralizar, com violência e autoritarismo, a oposição ao retrocesso neoliberal.

Pela Bancada Progressista do Parlasul, nos solidarizamos com a luta popular do MTST e de todos aqueles movimentos sociais do Mercosul que buscam evitar retrocessos nesta nova onda de governos neoliberais na região.

#ForaTemer”

Versão em espanhol

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do PT na Câmara

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