Deputados rechaçam fala de ministro Guedes que faz ameaças fascistas com AI-5

“O Brasil caminha para o abismo e o ministro fica soltando frases de efeitos, será que ele vai utilizar o AI-5 para resolver a economia?”, provocou José Guimarães

Gabriel Paiva

O ministro da Economia, Paulo Guedes, defende retirar dinheiro dos programas sociais que hoje atendem os pobres para não tirar dinheiro dos ricos

O deputado José Guimarães (PT-CE) repudiou em plenário, nesta terça-feira (26), a ameaça feita pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, de utilizar o AI-5 contra manifestações populares. “O Brasil caminha para o abismo e o ministro fica soltando frases de efeitos, será que ele vai utilizar o AI-5 para resolver a economia?”, provocou Guimarães, ao enfatizar que as reformas patrocinadas pelo governo Bolsonaro, que prometeu aquecer a economia, não resolveu nada. “Na verdade, é o fascismo querendo se implantar através dessas declarações violentas, descabidas, que atentam contra a nossa democracia. Esse comportamento do governo e de seus ministros é para desviar o foco”, alertou.

O deputado informou que a Oposição se reuniu hoje para analisar a conjuntura e que a centralidade de ação neste momento será derrotar o governo na economia. “Derrotar essas propostas perversas de mudança na Constituição (PECs) que desestruturam o setor público, desvinculam recursos para a saúde, para a educação e para áreas estratégicas.  “Esse governo pune os de baixo e garante o Estado só para servir aos interesses do grande capital, do sistema financeiro. Nós precisamos ter centralidade nesse momento”, afirmou.

Guimarães explicou que a luta da Oposição é em defesa da democracia e contra esse tipo de medida. “Mas é sobretudo derrotar o governo nessa pauta econômica, que está destruindo a vida das famílias brasileiras, está destruindo o estado de bem-estar social que foi produzido pelos constituintes de 88. Vamos mobilizar o País, vamos mobilizar a sociedade para derrotar essas medidas econômicas do governo Bolsonaro e do ministro Paulo Guedes”, disse.

O deputado, que foi líder do governo Dilma, relembrou que quando nesse período o dólar chegou a R$ 3,89 ocorreram protestos e exigiram mudança do governo porque alegavam que a economia brasileira não resistiria a essa cotação. “Hoje o dólar chegou a R$ 4,27, será que aqueles que pediram o impeachment da presidenta Dilma também vai pedir o impedimento do Bolsonaro?”, indagou.

Segurança macroeconômica

 

Também em plenário, o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) afirmou que os economistas conservadores e os políticos ultraliberais e conservadores precisam compreender que é impossível construir uma segurança macroeconômica sem segurança social.

Reginaldo Lopes destacou que o Brasil está assistindo ao dólar chegar a R$ 5. “Talvez por isso eles falem tanto em AI-5. Não adianta ameaçar o povo brasileiro. Dessa forma, com o desemprego bombando, com a economia sem nenhuma reação e com cada vez mais concentração de renda e desigualdades, ao ameaçar o povo brasileiro, este governo de fanáticos e de irresponsáveis vai colocar o povo nas ruas. Eles estão incentivando isso. Ninguém aguenta mais. Eles não podem transferir para o povo brasileiro as suas responsabilidades”, criticou.

Para o deputado João Daniel (PT-SE), as ameaças do governo Bolsonaro de usar o AI-5 e a GLO (garantia da lei e da ordem) são típicas da ditadura. “Querem rasgar a Constituição isso deve ser motivo de preocupação desta Casa e do povo brasileiro. Eles criam esses factoides porque todos os projetos que eles apresentaram não resolveram os problemas do País. A nossa economia só piora, e o governo quer controlar o Brasil na base da repressão”, lamentou.

Por PT na Câmara

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