Desenrola Brasil: R$ 5,4 bilhões são renegociados em três semanas

Ao Jornal PT Brasil, o coordenador-geral de Economia e Legislação da Fazenda, Alexandre Ferreira, explicou as condições para renegociações de dívidas e as próximas etapas do programa

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Em entrevista ao Jornal PT Brasil, Alexandre Ferreira celebrou a alta adesão ao programa Desenrola Brasil

Em apenas três semanas, R$ 5,4 bilhões em dívidas foram renegociadas no país pelo Programa Desenrola Brasil do governo Lula. O salto na nos contratos renegociados, com quase 5 milhões de registros de clientes desnegados, foi divulgado pela Federação de Bancos (Febraban).

De acordo com a Febraban, a repactuação de dívidas mais do que dobrou na terceira semana desde que o programa foi lançado. O valor de R$ 5,4 bilhões representa um aumento de 116% em relação aos R$ 2,5 bilhões somados nos 15 dias anteriores. Da mesma forma, o número de contratos de dívidas negociados chegou a 905 mil, mais do que o dobro dos 400 mil contratos verificados até o dia 30 de julho.

Em entrevista ao Jornal PT Brasil, o coordenador-geral de Economia e Legislação do Ministério da Fazenda, Alexandre Ferreira, celebrou o sucesso do Desenrola nas primeiras semanas, fala da sua importância e explica as condições para renegociações e as próximas etapas do programa. “O Desenrola é um programa muito importante, que busca trazer as melhores condições para renegociações de dívidas”, afirmou Ferreira.

“Viemos de um cenário de fim de uma pandemia, de uma economia com muitas dificuldades, com pessoas perdendo renda, entrando em dívidas para se alimentar, usando cartão de crédito, com mais de 70 milhões de brasileiros e brasileiras com restrições, no sistema de proteção ao crédito”, enfatizou.

Ferreira explicou que o Desenrola tem dois momentos principais: um de renegociação bancária (para quem adquiriu dívidas com bancos entre a pandemia de 2019 e 2022); e outro, que será lançado em setembro com uma plataforma para renegociação de dívidas adquiridas no varejo ou empresas de água e luz, por exemplo.

“O governo vai abrir uma plataforma para a renegociação. As dívidas vão estar lá e as empresas vão disputar o maior desconto para a população. É uma oportunidade para reestruturar, renegociar e virar a página. É um programa que é voluntário tanto pelo lado do credor quanto para quem está endividado”, explicou.

Ouça a entrevista completa no Jornal PT Brasil:

Dívidas de até R$ 100

Pelo menos 4,8 milhões de pessoas que estavam com o nome sumo por conta de dívidas de até R$ 100 tiveram seus nomes desnegativados nas três primeiras semanas do Desenrola Brasil. Os dados são da Febraban, que divulgaram números somente das instituições financeiras que fazem parte do programa do governo Lula.

O presidente da Febraban, Isaac Sidney, ressalta a adesão expressiva do povo brasileiro para quitar suas dívidas e o incentivo do governo Lula com o impulsionamento da economia no país.

“Essa adesão expressiva da população ao Desenrola comprova o interesse da sociedade e das famílias brasileiras em regularizar sua situação econômica e o acerto desta ação do governo e dos bancos. Reduzir o número de consumidores negativados e ajudar milhões de cidadãos a diminuir seu endividamento terá um efeito bastante positivo para a economia brasileira.”

Confira como aderir ao Desenrola Brasil e tire as principais dúvidas

 R$ 1 bilhão de dívidas negociadas na CEF

A Caixa Econômica Federal (CEF) alcançou R$ 1 bilhão em dívidas negociadas, com 50 mil clientes atendidos pelo Desenrola Brasil. De acordo com a CEF, mais de 62 mil contratos foram regularizados com descontos de até 90% até a última sexta-feira (4).

Uma semana atrás, o Banco do Brasil consumiu R$ 2,3 bilhões de dívidas negociadas pelo programa, envolvendo 230 mil clientes. A empresa Ativos SA, que pertence ao conglomerado BB, conseguiu renegociar outros R$ 175 milhões.

Leia mais: Com ‘Desenrola’, Serasa registra aumento de 41% nas dívidas

Da Redação , com informações da Febraban e Agência Brasil

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