Dilma estava certa sobre Alemanha, apesar de Miriam Leitão

Economia alemã enfrenta dificuldades e não crescerá como disse a colunista

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Jornalistas interromperam Dilma durante toda a entrevista e Miriam usou dados errados

O Blog Pragmatismo Político apresenta uma reportagem do jornal The New York Times sobre os efeitos da crise internacional sobre a economia alemã e, especialmente a sua indústria, que corrobora as informações da presidenta Dilma Rousseff, ditas durante a entrevista no Bom Dia Brasil.

A narrativa da maioria da imprensa foi que Miriam corrigiu Dilma, mas, na verdade, a presidenta se baseava no dado real já apurado do PIB alemão e Míriam citou a expectativa dos operadores do mercado.

A jornalista afirmou que a Alemanha cresce a 1,5%, e o Brasil, a 0,3%. “Não, a Alemanha não está crescendo 1,5%. A Alemanha está crescendo 0,8%, e há dúvidas a respeito da continuidade”, disse Dilma. A mesma perspectiva da reportagem do NYTimes.

Leia abaixo a íntegra do post do blog Pragmatismo Político:

Reportagem publicada pelo jornal mais importante do mundo, o The New York Times, reforça que a presidente Dilma Rousseff estava correta durante sabatina no Bom Dia Brasil, da TV Globo, na última segunda-feira 22, enquanto a jornalista Miriam Leitão, que contestou os dados da presidente, errada. 

A discordância de números e as interrupções foram fatores frequentes na entrevista de meia hora, exibida na íntegra pela emissora. Quando Dilma falou que a economia alemã ia mal, Miriam discordou, rebatendo que a mais forte economia da zona euro cresceria 1,5% esse ano, mais que o Brasil, cujo mercado espera crescimento de 0,3%.

A entrevistadora, no entanto, se referia à expectativa de crescimento da Alemanha, não um avanço real no PIB. Dilma disse que o país europeu havia crescido apenas 0,8% no segundo trimestre desse ano, dado que já foi calculado e divulgado oficialmente.

A reportagem do NYT, publicada nesta quarta-feira 24, aponta que um dos principais indicadores de confiança das empresas alemãs caiu na terça-feira mais do que o esperado, para o patamar mais baixo desde 2012, intensificando assim os temores de que a economia do país esteja ameaçada de entrar em recessão.

“A economia alemã já registrou um declínio no segundo trimestre, quando a produção caiu 0,2% em comparação com o trimestre anterior. Outro declínio trimestral consecutivo colocará o país em recessão”, diz a matéria, sobre a economia que, como diz o jornal, serviu de âncora para o restante da zona do euro durante quatro anos de crise intermitente e de crescimento irregular.

A crise internacional é justificativa frequente de Dilma para o baixo crescimento do PIB brasileiro. Com alguns adendos: enquanto países europeus desempregavam, o Brasil criava vagas, aumentava a renda, mantinha investimentos em infraestrutura e redução da desigualdade. A tese é rebatida por economistas e políticos da oposição. Mas não parece estar nem um pouco incorreta. Os dados da economia alemã são prova disso.

 

A reportagem do NY Times pode ser vista no Link:http://www.nytimes.com/2014/09/25/business/international/in-germany-business-indicator-falls-raising-specter-of-recession.html?_r=1

 

Da Redação da Agencia PT de Notícias

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