Dilma quer financiar cultura com recursos do pré-sal

A presidenta considera “estarrecedor” que adversários considerem a independência do Banco Central como objetivo de governo

Reprodução/Facebook

A presidenta Dilma Rousseff voltou a externar sua preocupação com a proposta de sua adversária pela autonomia do Banco Central, após receber o apoio de artistas e intelectuais nesta segunda-feira (15), no Rio de Janeiro.

“Eu acho estarrecedor que considerem a independência do Banco Central como objetivo de governo”, constatou.

Dilma explicou que além da política financeira e do câmbio monetário, que indiretamente influem no emprego, o governo perderia o controle sobre o orçamento com um Banco Central autônomo. Para ela, apenas judiciário, executivo e legislativo podem atuar como poderes independentes no Brasil.

Em resposta ao manifesto pela reeleição, Dilma disse que colocar a cultura dentro da estratégia de desenvolvimento significa perceber que as pessoas não querem apenas vantagens materiais, querem sonhos. Ela afirmou que parte dos rendimentos do pré-sal servirá para financiar a cultura brasileira.

“Acredito que o projeto de desenvolvimento do Brasil precisa com muita força de apostar em duas coisas: educação e cultura”.

A presidenta citou projetos na área que avançaram, como o vale-cultura. Para ela os R$ 50 do benefício vão gerar uma demanda de R$ 25 bilhões para o setor, e representam mais livros e filmes para os brasileiros. Dilma ainda defendeu o papel dos bancos públicos nesse financiamento cultural.

Lula reconheceu que o governo federal ainda está devendo para a cultura. No entanto, ele pediu à Dilma que invista em cultura como um todo, para permitir uma sociedade mais politizada.

“Por isso que estamos aqui pra apoiar a Dilma, pra fazer o que ainda não foi possível fazer. Incluímos o pobre no orçamento da União. Queremos tirar ele da condição de pobreza”, comentou.

Rede Cultura  –  Cada artista deu sua contribuição criativa para apoiar a candidata a reeleição do PT. Beth Carvalho cantou “Deixa a Dilma me levar, Dilma leva eu”. Chico César convocou o maracatu no palco.

“Nós últimos 12 anos, tivemos uma inclusão social e econômica através da cultura”, considerou o cantor.

Além de artistas, intelectuais também declararam apoio a campanha da presidenta.

“O projeto da Dilma é ainda o mais adequado e o melhor pro povo brasileiro. Devemos, na rua, ir contra o pessimismo”, conclamou o teólogo Leonardo Boff.

Fora do teatro no Leblon, milhares de militantes petistas acompanharam o manifesto cultural através de telões.

Por Rodrigo Vasconcelos (texto) e Sheyla Leal (fotos), enviados especiais da Agência PT de Notícias

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