Efeito Lula: com 306.111 novas vagas, emprego formal volta a surpreender em fevereiro

De acordo com Ministério do Trabalho, número é 21,2% superior ao de fevereiro de 2023. No acumulado do ano, mercado já registra 474.610 empregos e resultados animadores podem levar Fazenda a rever PIB de 2024

Jonathan Campos - AEN/PR

Faz o L: todos os setores da economia brasileira confirmaram as projeções do governo federal e do mercado

O mercado formal de trabalho no Brasil apresentou resultados além do esperado para o mês de fevereiro. Relatório do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quarta-feira (27), pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), revela que foram gerados 306.111 novos postos com carteira assinada no país. O cenário animador já era aguardado, pela manhã, por economistas e consultores. Sem citar números, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), admitiu rever as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para cima.

O relatório do Caged contabiliza um crescimento de 21,2% no número de empregos formais, se comparado com fevereiro do ano passado, quando identificou 252.490 novas vagas. De acordo com o MTE, foram registradas 2.249.070 admissões e 1.942.959 demissões. No acumulado de 2024, o mercado já totaliza 474.610 trabalhadores com carteira assinada.

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), celebrou o resultado acima da expectativa. Parabéns, presidente Lula, pelo ritmo do governo que tá melhorando a vida do povo brasileiro, com mais emprego, renda e oportunidades para todas as pessoas”, elogiou o senador, pela rede X.

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“O Brasil, sob a liderança do presidente Lula não está dando mole para o fantasma do desemprego!”, brincou o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, também pelo X. “Com trabalho sério e diálogo estamos abrindo caminho para melhorar a vida dos brasileiros de todas as regiões de nosso país”, assinalou Alckmin. 

Saldo positivo em todos os setores

Os números positivos estavam previstos por consultores e economistas que observaram a resiliência do mercado formal de trabalho, durante o mês de fevereiro. De acordo com o jornal Valor Econômico, depois de ouvir 19 consultorias e instituições financeiras, as estimativas davam conta de 230 mil novos postos de trabalho gerados. Na plataforma Trading Economics, o consenso era de 180,3 mil.

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Todos os setores da economia brasileira confirmaram as projeções do governo federal e do mercado. Os saldos positivos foram observados pelo Caged nos Serviços (193.127), na Indústria (54.448), na Construção Civil (35.053), no Comércio (19.724) e na Agropecuária (3.759). Entre os estados, São Paulo lidera na geração de empregos, com 101.163 novos postos, seguido por Minas Gerais (35.980) e pelo Paraná (33.043).

Em coletiva na terça-feira, o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT-BA), já falava em “resultados extraordinários” para o mercado formal de trabalho, em fevereiro. No mesmo tom, seu colega da Fazenda também se referiu aos resultados como “muito expressivos”, antes mesmo de o Caged divulgar o relatório. Haddad chegou a prometer a revisão das perspectivas para a economia brasileira em 2024.

Revisão do PIB

À rádio Itatiaia, na manhã desta quarta, o chefe da Fazenda admitiu que resultados positivos apresentados pelo Caged podem levar a pasta a reconsiderar a previsão do PIB brasileiro. “O Ministério da Fazenda será obrigado a rever, sim, a projeção de crescimento para esse ano. Acredito que a área técnica vai concluir que o crescimento pode ser, sim, superior a 2,2%”, reconheceu.

Haddad disse ainda que a economia brasileira está iniciando um novo ciclo de crescimento, com geração de emprego e renda, e que o Governo Federal dispõe de boa vontade para equacionar a questão da dívida dos estados, Projeto de Lei a ser enviado ao Congresso nos próximos 60 dias.

Da Redação, com informações de UOL, Poder360, G1, Valor

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