Efeito Lula: Minha Casa Minha Vida alavancou setor habitacional em 2023

Mais de 70% dos quase 127 mil imóveis vendidos no ano passado estavam relacionados a empreendimentos do programa social retomado pelo governo Lula. Setor deve gerar ao menos 500 mil empregos em 2024

Agência Brasil/Site do PT

Retomada: as vendas de imóveis residenciais nos primeiros dez meses do ano passado cresceram 23,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior

O programa Minha Casa Minha Vida é o grande responsável pelo aquecimento do mercado imobiliário em 2023, sendo que mais de 70% dos imóveis vendidos estavam relacionados a empreendimentos do programa social do governo Lula. Reportagem da Folha de São Paulo publicada nesta quinta-feira (11) mostra que um total de 126.774 empreendimentos foram comercializados no ano passado, o que alavancou o setor habitacional no país.

A reportagem também aponta que “o índice que mede a valorização de ações do setor lidera a alta na Bolsa de São Paulo”. Os dados divulgados fazem parte da última pesquisa do indicador Abrainc-Fipe.

Segundo o indicador, “as vendas de imóveis residenciais nos primeiros dez meses do ano passado cresceram 23,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior, em grande medida impulsionadas pelo programa federal”.

De janeiro a outubro, o volume de unidades comercializadas dentro do programa social, que foi relançado pelo governo Lula subiu 27,3%. Ao todo, foram 89.126 imóveis. Já o volume de lançamentos cresceu 10,7%, aponta a matéria.

A alta de empreendimentos lançados dentro do Minha Casa, Minha Vida no período analisado amenizou a queda total nos lançamentos de imóveis no Brasil, que foi de 7,7%. O levantamento foi realizado com 20 empresas associadas à Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) em parceria com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

Após a redução dos investimentos pelo governo anterior no programa habitacional, que foi rebatizado de Casa Verde e Amarela, o programa Minha Casa Minha Vida retornou em meados do ano passado com um teto bem maior para financiar imóveis, além de mais subsídios e juros mais baixos, por determinação do presidente Lula. O programa é uma das marcas do atual governo, que tem como prioridade permitir o acesso da população mais pobre a uma moradia digna.

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Com o novo estímulo oferecido pelo governo Lula, o programa não somente ampliou  o número de beneficiários, mas também fortaleceu o mercado imobiliário, que conseguiu resistir mesmo com a alta taxa do financiamento habitacional, impulsionada pelos juros básicos, a Selic, ainda em nível bastante elevado.

A reportagem também destaca que na Bolsa de Valores, o Índice Imobiliário foi o que mais avançou entre os índices da B3 em 2023. Enquanto isso, o Ibovespa, principal índice da Bolsa, subiu 20%”, informa.

“Em análise recente sobre o setor, o Itaú BBA destacou o fortalecimento que o programa federal trouxe para as vendas do segmento de baixa renda e a boa execução orçamentária do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), principal fonte de recursos para o crédito imobiliário destinado à população de menor poder aquisitivo”, aponta a Folha.

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500 mil empregos em 2024

Ao mesmo tempo em que garante o sonho da casa própria para a população brasileira, o programa também é crucial para o mercado de trabalho, sobretudo no setor da construção civil. De acordo com o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira (Conticom-CUT), Claudio Gomes, o Claudinho, o Minha Casa, Minha Vida deve gerar pelo menos 500 mil postos de trabalho em 2024.

Entre janeiro e novembro de 2023, o programa garantiu a criação de 235.975 novos empregos (+9,75% sobre dezembro de 2022), de acordo com a Conticom. Dados do Ministério das Cidades apontam que o governo federal contratou 720 mil unidades habitacionais no ano passado.

Na avaliação de Claudinho, o cenário positivo se deve à queda da taxa Selic, ainda que tímida. “A queda nos juros foi fundamental para que os empreendimentos imobiliários fiquem mais acessíveis à população. As construtoras e os investimentos ficam mais animados em comprar um imóvel e com isso cresce o emprego de toda a cadeia da construção civil, do pedreiro ao marceneiro”, destacou Claudinho, ao site da CUT.

Da Redação, com Folha de S. Paulo e CUT

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