Em SP, milhares de pessoas ocupam o Largo da Batata por Haddad
O povo foi às ruas para apoiar a candidatura de Fernando Haddad e Manuela D’ávila e defender a democracia. No ato, o sentimento de virada
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Milhares de pessoas foram ao Largo da Batata, em Pinheiros (SP), participar do Grande Ato da Virada com Fernando Haddad e Manuela D’Ávila nesta quarta (24). Gleisi Hoffmann e Guilherme Boulos também estiveram presentes para apoiar os candidatos e defender a democracia.
A militância vem sendo fundamental para as boas notícias que surgiram com a mais recente pesquisa do Ibope. Ela mostrou que a rejeição a Haddad vem diminuindo, a de Bolsonaro aumentando e o candidato do PT já lidera em São Paulo.
A onda de otimismo democrático também foi convidada de honra no ato em São Paulo. Haddad pegou o microfone e afirmou com convicção: “A eleição de Bolsonaro estava decidida até dois dias atrás. Hoje é provável, amanhã será possível. Amanhã será apenas possível. No sábado ele vai descobrir que o gato subiu no telhado. E no Domingo vai ver que perdeu”.
Durante o ato, Haddad também lembrou o que realmente representa a candidatura de Bolsonaro. “Ele ameaça as Instituições, o Ministério Público, o Supremo, a justiça, movimentos sociais. Ele não defende a democracia e o povo brasileiro. Ele é o grande coitado! O parlamentar mais improdutivo da história desse país. Vinte e oito anos sem fazer nada, a não ser vomitar ódio a cada discurso que faz”.
Em meio ao ato, militantes mostraram força de que a virada está por vir. “O Brasil demorou séculos para ver alguma mudança realmente perceptível e eu sou a prova viva de que ela deu resultado. Sou um filho legítimo da periferia e, hoje, se cheguei até aqui foi porque tive chances. Lutei por isso e não vou abrir mão. Vamos virar esta eleição como sempre viramos”, afirmou o designer Lucas Salles.
Ao seu lado, a representante comercial concorda com a cabeça, enquanto tenta mostrar ao colega qual será a receita para que essa virada se consolide no domingo:
“O amor sempre vence. Pode pesquisar. Mesmo que muita gente esteja revoltada e não veja perspectiva a gente sabe que esse discurso de ódio não leva a lugar nenhum. Não adianta esnobar ou dizer que não importa: é o amor que vai fazer a gente derrubar o fascismo”.
Além de amor, vale também mobilizar a família e mostrar que argumentos não faltam para derrubar o projeto antinacionalista e antipovo propagado pelo outro lado. “Eu tenho conversado com todos que posso, apontado as diferenças entre os projetos e porque só Haddad permitirá que a democracia prevaleça no final. Já convenci vários parentes e ainda vou convencer mais”, acredita a estudante Laisa Brito.
Amor, argumentos, paciência para o diálogo – três ingredientes indispensáveis para alterar o placar provisoriamente desfavorável.
“A mudança já começou. Basta olhar as últimas pesquisas. Enquanto um lado comemora a vitória, o outro apresenta um plano de governo e se abre para o debate, sem preconceito, sem ódio, sem intolerância. Não acho que é possível virar. Eu tenho certeza”, conclui a advogada Camila Fonseca
Haddad aproveitou para mandar um recado para o candidato que se recusa a debater, se nega a mostrar suas ideias, o único na história do país que não participou de debates presidenciais no segundo turno das eleições. “Você vai tomar uma surra do povo brasileiro no domingo. Este país é muito melhor que você”.