Endividamento das famílias cai em novembro para menor patamar em mais de um ano

Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) mostra que programa Desenrola Brasil e melhora do mercado de trabalho ajudaram a reduzir número de endividados

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Efeito Lula: o volume de endividados desceu ao menor nível desde janeiro de 2022

Pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) comprova que a melhora dos índices no mercado de trabalho, assim como o Desenrola Brasil, programa de renegociação de dívidas do governo Lula, contribuíram para reduzir a proporção de consumidores endividados e inadimplentes.

De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), os índices de endividamento e da inadimplência que voltaram a cair e registraram os menores patamares em mais de um ano, sendo verificada uma queda de 0,3 ponto percentual das famílias que tinham dívidas a vencer.

Com o resultado, o volume de endividados desceu ao menor nível desde janeiro de 2022. Em relação a novembro do ano passado, quando 78,9% das famílias estavam endividadas, a proporção de brasileiros com dívidas encolheu 2,3 pontos porcentuais.

Segundo a CNC, a pesquisa considera como dívidas as contas a vencer nas modalidades cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de carro e casa.

A proporção de famílias inadimplentes também registrou redução, passando de 29,7% em outubro para 29,0% em novembro, queda de 0,7 ponto porcentual, para o menor patamar desde junho de 2022. Em relação a novembro de 2022, também houve recuo de 1,3 ponto porcentual na fatia de inadimplentes.

Ainda segundo a CNC, os consumidores exibem mais segurança financeira graças “à melhora das condições econômicas do País”. E o mercado de trabalho mostrou contratação maior que a esperada para o período de fim de ano, aumentando a renda disponível das famílias.

Pelo levantamento, a proporção de pessoas que afirmaram não ter condições de pagar as dívidas em atraso – permanecendo assim inadimplentes – recuou de 13,0% em outubro para 12,5% em novembro.

Desenrola já renegociou R$ 29 bilhões

Segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (6) pelo Ministério da Fazenda e pela Bolsa de Valores do Brasil (B3), cerca de 10,7 milhões de brasileiros já foram atendidos pelo Desenrola Brasil, programa criado pelo Governo Federal para renegociar débitos da população que estava com o nome negativado nos serviços de proteção de crédito. Os dados são do “Censo Nacional do Programa Desenrola Brasil”.

Desde o início do programa, R$ 29 bilhões já foram renegociados.

Na primeira fase do programa, que renegociou dívidas de até R$ 100, foram sete milhões de pessoas atendidas pela plataforma, além disso, 2,7 milhões de brasileiros renegociaram as dívidas diretamente com os bancos.

Já na fase 2 do programa, destinada a consumidores com o nome negativado que ganham até dois salários mínimos, foram atendidos 1 milhão de pessoas e renegociados R$ 5 bilhões em dívidas. Os descontos nessa fase chegaram a R$ 4,46 bilhões.

A maior parte das dívidas, R$ 3,3 bilhões, são referentes a serviços financeiros, seguidos por seguros e conta de luz. Houve situação em que o consumidor devia R$ 835,02, mas pagou apenas R$ 10,91, o desconto chegou a 98,6%.

No caso de energia, a dívida original renegociada chegava a R$ 143 milhões e os descontos atingiram a cifra de R$ 52 milhões. Um total de 82.337 pessoas foram beneficiadas com a renegociação de contas de luz.

Mulheres são maioria no Desenrola

A divisão por gênero da base total do público apto a participar do programa demonstra que 53% são mulheres e 47% são homens, sendo que 54,8% das mulheres e 45,1% dos homens fizeram as renegociações pela plataforma.

Considerando a faixa etária, o público que tem maior distribuição de elegíveis está na faixa de 35 a 44 anos (23,81%). Em seguida aparece a faixa dos 45 aos 54 anos (17,03%) e dos 25 aos 29 anos (14,51%).

Da Redação, com agências

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