“Está em curso o desmonte da economia”, denuncia Wagner

Senador condenou a política econômica do atual governo, de privatizações e desnacionalização das empresas públicas

Alessandro Dantas

Em ato público em defesa da Petrobras, o senador Jaques Wagner (PT-BA) fez um forte discurso contra as privatizações e a política econômica do governo Bolsonaro. A atividade ocorreu na manhã desta segunda-feira (23), na Assembleia Legislativa da Bahia e contou com a presença de lideranças sindicais locais e nacionais, parlamentares e centenas de trabalhadores e trabalhadoras da Petrobras.

O senador condenou a política econômica do atual governo, de privatizações e desnacionalização das empresas públicas. “Temos que defender nossas empresas. O que está em curso é um desmonte da política econômica brasileira, a começar pela Petrobras”, disse. Para ele, é preciso unir o movimento de resistência nas ruas e a atuação dos parlamentares no Congresso, para conseguir barrar as propostas do atual governo.

Wagner lembrou que as guerras no mundo giram em torno do petróleo. “Não é à toa esse interesse dos Estados Unidos no Brasil”, frisou. Para o ex-governador baiano, o posicionamento do atual governo brasileiro é um incentivo às pretensões americanas de dominar todo o continente.

A importância de o país ter empresas estatais fortes para enfrentamento de crises foi enfatizada por Wagner. Ao citar a crise internacional de 2008/2009, o parlamentar afirmou que, naquele momento, o Brasil não sofreu tanto economicamente porque tinha Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco Nordeste e Petrobras fortes. Ele defendeu ainda que a luta em defesa da Petrobras não é só da esquerda, mas de todos que têm compromisso com o Brasil. “Embora tenhamos posicionamentos diferentes, o presidente Fernando Henrique Cardoso não tinha visão entreguista e subalterna desse atual governo”, exemplificou.

Petrobras na Bahia

A Petrobras anunciou oficialmente no dia 6 de setembro que vai encerrar atividades em Salvador, desocupando o edifício Torre Pituba. A estatal já havia comunicado a venda de diversas unidades como a Refinaria Landulpho Alves, Transpetro, Biodiesel, alguns campos terrestres localizados na Unidade Operacional (UO-BA), termoelétricas e ainda o fechamento da FAFEN Bahia.

Segundo o Sindipetro, a Petrobrás tem hoje, na Bahia, cerca de 4 mil trabalhadores concursados e 13 mil terceirizados, espalhados em todas as unidades da empresa. Com o fim das atividades na Torre Pituba, parte dos 1.500 trabalhadores próprios serão transferidos para os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espirito Santo. Resultará ainda na rescisão dos contratos com as empresas terceirizadas, desempregando cerca de 2 mil trabalhadores terceirizados.

Por PT no Senado

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