Fora Bolsonaro! Por um mundo a ganhar!

“Sem revolução não há democracia! Daremos o grito de liberdade dos indignados ou o lamento de dor dos escravizados?”, diz Bernardo de Vito Schneider

Joka Madruga
Tribuna de Debates do PT

Ato #EleNão em Curitiba

Antes de mais nada quero saudar de maneira especial cada um dos companheiros e cada uma das companheiras do Partido dos Trabalhadores que lutam tão bravamente, que lutaram contra o Golpe de 2016, que gritaram Fora Temer, que foram às ruas contra a reforma trabalhista, que enfrentaram a intolerância nas Eleições de 2018, que lutaram contra a reforma da previdência e pela educação brasileira, que expuseram a destruição da Amazônia e que seguem, em uníssono, num anúncio-denúncia: Lula Livre!

Somos mais do que companheiros de partido, somos camaradas de trincheiras, isso sempre me remete à tocante foto dos revolucionários cubanos de braços dados, dispostos a enfrentar um império, e quero dizer que ainda que eu não conheça muitos de vocês e ainda que você que está lendo esse texto também não me conheça é como se estivéssemos lado a lado, braços dados, unidos e mais fortes do que nunca. Eu não sei a situação de cada município e estado do nosso gigante e amado país, mas sei que em todo canto desse país temos gente de luta, então não desanimem camaradas, por mais difícil que esteja sendo a situação onde quer que vocês estejam, sigam firmes, estamos juntos e nós venceremos!

Os golpistas sabem disso e por isso vivem em desespero, enquanto nós semeamos a esperança. Precisaram corromper as leis, as instituições e até mesmo as eleições para conseguirem emplacar um Bolsonaro na presidência, percebam o tamanho esforço para um resultado pra lá de medíocre, não é à toa o que temos visto, cada vez mais golpistas tentando se afastar do bolsonarismo, como se fosse (e de fato é) uma doença mortal, acabou com o conservadorismo, acabou com o direitismo, acabou com o lavajatismo, só não acabou com o liberalismo econômico porque esse já tá morto e enterrado.

É preciso deixar algo muito claro, Jair Messias Bolsonaro não venceu as eleições de 2018, quem venceu as eleições foi Luiz Inácio Lula da Silva, tanto que precisou ser preso para ser impedido de concorrer às eleições presidenciais, portanto, Bolsonaro não passa de um perdedor, um covarde, um enganador, um usurpador da vontade popular.

Foi um pleito eleitoral inválido, uma farsa, somente instituições favoráveis à burguesia podem reconhecer tamanha fraude e, infelizmente, alguns camaradas equivocados também e é por isso que precisamos resgatar nossa radicalidade, nossa coerência, não podemos tolerar acenos vulgares de uma, suposta, liderança de esquerda a traidores, que mentiram e seguem mentindo para o povo, que defendem o indefensável, que condenam parte das futuras gerações a um obscurantismo fanático.

Nossa tragédia foi Temer, nossa farsa será Bolsonaro? Não há mais conciliação! Essa lição já deveria ter sido aprendida com impeachment da presidenta Dilma Rousseff, ou estamos ao lado das famílias trabalhadoras ou estamos ao lado de uma oligarquia podre e corrupta, que sem pudor nenhum corrompeu, e segue corrompendo, as leis e as instituições desse país (que já não são grandes coisas, caso contrário teriam oferecido alguma resistência) e segue sequestrando o Estado para si, uma vez que o putrefato capitalismo não dá conta, falam de Estado mínimo, enxugar e “blá, blá, blá”, mas não falam sobre a abolição do Estado, o Estado tem sido a grande estrutura conservadora e centralizadora do poder e nós, a esquerda, precisamos discutir isso seriamente e popularizar essa discussão.

Não confundir o diálogo, algo vital para esquerda, com um “diálogo” com gente com interesses contrários à classe trabalhadora. É preciso entender que diálogo é para estar mais próximo do povo, da classe trabalhadora, da dura realidade da nossa gente, não para dialogar com uma golpista como Janaína Paschoal, negociar com o Rodrigo Maia, vão marcar um café com Moro daqui a pouco? Toda essa incoerência imobiliza a classe trabalhadora e gera apatia, por uma falta de radicalidade em nossas teses e ações o Partido dos Trabalhadores se torna “mais do mesmo”.

Está chegando a hora camaradas em que precisaremos separar o trigo do joio, basta de ingenuidade e superficialidade ideológica, não devemos temer a polarização de nossa sociedade, pelo contrário, deveríamos celebrar, pois, isto faz parte do desvelamento da luta de classes. Trotsky já nos alertava contra o oportunismo e o revisionismo sem princípios típicos num momento em transição, vemos isso na obsessão natimorta da terceira via e, pior, na direitização de certas alas da esquerda, algo inaceitável se temos como princípio a coerência e a luta pela liberdade dos oprimidos e das oprimidas.

É preciso libertar não apenas Lula, mas toda a classe trabalhadora da opressão. Precisamos transformar todos os partidos de esquerda em partidos revolucionários a serviço da classe trabalhadora, os sindicatos em escolas políticas e os movimentos sociais em uma grande frente popular organizada, não podemos mais tolerar essa aberração jurídica e política que se apossou do nosso país. O Brasil para os trabalhadores! O que estamos esperando acontecer? Não há luta sem “Fora Bolsonaro e todos os golpistas”! O que precisará acontecer para enxergarmos o óbvio? Revolução ou morte! Sem revolução não há democracia! Daremos o grito de liberdade dos indignados ou o lamento de dor dos escravizados?

“Pois nada há de oculto que não venha a ser revelado e nada em segredo que não seja trazido à luz do dia.”
Marcos 4:22

“Que as classes dominantes tremam à ideia de uma revolução comunista! Nela os proletários nada têm a perder a não ser os seus grilhões. ”

Manifesto Comunista, Marx e Engels

Liberdade!
Fora Bolsonaro!
Por um mundo a ganhar!

Por Bernardo de Vito Schneider, 29 anos, biólogo, pedagogo, filiado ao PT, para a Tribuna de Debates do 7º Congresso.

ATENÇÃO: ideias e opiniões emitidas nos artigos da Tribuna de Debates do PT são de exclusiva responsabilidade dos autores, não representando oficialmente a visão do Partido dos Trabalhadores

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