Frente Parlamentar em Defesa da Mulher é lançada na Alesp

Lançamento nesta quarta (11) contou com a presença de mulheres de diversas áreas de atuação para debate de temas como combate à violência e melhora da educação

Katia Passos/Liderança do PT na Alesp

Na última quarta-feira (11), aconteceu o lançamento da Frente Parlamentar em Defesa da Mulher no auditório Paulo Kobayashi da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). A Frente é uma iniciativa da deputada estadual Beth Sahão (PT-SP).

Durante o lançamento, participaram da mesa a deputada estadual Érika Malunguinho; a cantora e compositora Ana Cañas; a escritora e pesquisadora Juliana Borges; a professora da USP e gestora pública Ana Estela Haddad; a professora de psicologia da PUC São Paulo, Ana Bock; a ex-desembargadora do Tribunal de Justiça de São Paulo, Kenarik Boujikian; a socióloga e ex-ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci; a presidenta do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Ivone Silva; a professora e socióloga Eva Blay; a presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-SP, Ana Amélia Mascarenhas Camargos; a secretária sub-regional da Internacional de Serviços Públicos ISP-Brasil, Denise Mota Dau e a coordenadora da ULCM, Vera Lucia Dias Padilha.

A deputada Beth Sahão comemorou o sucesso do lançamento. “Foi muito proveitoso e acima das nossas expectativas. A gente teve um volume grande de mulheres e com muita representatividade. As pessoas que participaram tiveram a mesma sensação que eu, de que nós fizemos um golaço ontem, mas um gol só não leva a nada, nós precisamos fazer um gol e ganhar a partida, ou seja, trabalhar para termos políticas públicas eficazes para as mulheres.”

A secretária estadual de Mulheres do PT-SP, Débora Pereira, comentou sobre o lançamento na Alesp e demonstrou confiança nos próximos passos da Frente. “Foi uma atividade muito mobilizada e com a presença de mulheres de diferentes áreas de atuação, o que demonstra que este será um espaço de discussão amplo cujo desafio é dar conta de abarcar a diversidade das mulheres.”

Sobre os próximos passos, Beth explicou que serão formados grupos especializados nas próximas reuniões. “Saíram alguns encaminhamentos para que nós possamos nos reunir novamente, com grupos e focos definidos para que possamos pressionar as autoridades competentes para implantação de políticas públicas que possam reduzir a violência, ampliar a participação da mulher no mercado de trabalho, melhorar as questões salariais, entre outros problemas que precisam de solução.”

Aumento da violência

 

Um dos principais objetivos da Frente Parlamentar em Defesa da Mulher é debater iniciativas para diminuir a violência contra a mulher. Segundo dados do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), do Ministério da Saúde, apesar da queda dos indicadores criminais em São Paulo, o feminicídio tem aumentado de maneira exorbitante. Só nos primeiros setes meses deste ano, o aumento foi de 220% – de 71 casos de assassinatos de mulheres em 2018 para 227 casos em 2019 durante o mesmo período.

“Os números tem nos assustado, o feminicídio, o estupro, as agressões, essa violência contínua demonstra que há uma ineficácia por parte do Estado e dos instrumentos que deveriam estar sendo disponibilizados para as mulheres que sofrem violência”, afirmou a proponente da Frente, Beth Sahão.

Para Débora, secretária estadual de Mulheres do PT-SP, as mulheres do partido tem priorizado a discussão do tema com a sociedade, sendo a Frente mais uma ferramenta fundamental para esse debate. “Organizamos o núcleo de mulheres do PT na Alesp para discutir estratégias que levem a aprovação de projetos de lei que visem lidar com epidemia de violência contra a mulher no estado. Temos acompanhado a Comissão de Mulheres na Alesp e agora vamos construir ativamente esta Frente Parlamentar.”

Outra questão fundamental apontada pelas discussões da Frente é a educacional. Para Beth, a educação está diretamente relacionada à melhoria das condições das mulheres no futuro. “Você precisa começar a preparar as novas gerações, num debate franco e amplo, numa educação com todos os seus componentes. No entanto, quando se tenta fazer algo nesse sentido, você tem a censura por parte do governador, como foi o caso agora da tentativa de retirar cartilhas educativas e instrutivas. É quando você nega essa possibilidade que você esta contribuindo ainda mais com a misoginia, com o machismo, com o sexismo, com o aumento da violência e o aumento do poder patriarcal.”

Da Redação da Secretaria Nacional de Mulheres do PT

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