Gleisi: “Pregaram o ódio, homenagearam bandidos e liberaram armas a esmo”

Gleisi Hoffmann, ministro Paulo Pimenta e o presidente Lula se manifestam, denunciam responsabilidade das milícias e afirmam apoio no combate ao agravamento da violência no Rio

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O presidente Lula e lideranças do Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras (PT), se manifestaram na imprensa e em suas redes sociais sobre a situação do Rio de Janeiro, onde a população sofre com o agravamento da violência, após ações de milicianos que incendiaram 35 ônibus no Rio, nesta segunda-feira (23).

A presidenta nacional do PT e deputada federal, Gleisi Hoffmann (PT/PR), ressalta que o cenário vivido no Rio de Janeiro é responsabilidade das milícias, fortalecidas no governo bolsonarista. 

Hoffmann lamenta a pregação do ódio, a liberação de armas, o crime organizado e a homenagem a criminosos feita pelo bolsonarismo ao longo dos quatro anos de mandato. 

Bolsonarismo estimulou o crescimento da mílicia

O arsenal privado duplicou nesse período, alimentando a criminalidade no país. As respostas à crise de segurança pública foram também destacadas pelo presidente Lula e pelo ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Paulo Pimenta.

O aumento da violência no Rio de Janeiro, que culminou no maior ataque a ônibus da história da cidade na última segunda-feira, tem sido associado ao crescimento na venda de armas nos últimos quatro anos, que, em grande parte, foram parar nas mãos do crime organizado. 

O estímulo ao armamento e a intensidade no crescimento da violência no governo de Bolsonaro também foram reforçados por Lula, durante a live Conversa com o Presidente, nesta terça-feira, 24, em que lamentou a herança armamentista e o sofrimento do povo brasileiro.

Medidas para combater o agravamento da crise

Em seu podcast semanal “Conversa com o Presidente,” Lula afirmou que o governo federal tomará medidas para combater o agravamento da crise de segurança pública no Rio de Janeiro. O presidente ressaltou ainda o empenho do governo federal no combate ao crime organizado e aos milicianos. 

O presidente anunciou que reforços da Polícia Federal e das Forças Armadas serão enviados ao estado. Ele expressou sua solidariedade com o povo carioca e enfatizou que a situação no Rio não é apenas um problema local, mas uma questão nacional. Lula discutiu possíveis medidas de cooperação com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, sem interferir na autoridade do governo local.

“Nós vamos ajudar o Rio de Janeiro a combater o crime organizado, a combater os milicianos e dar tranquilidade àquele povo. Não é possível que o povo do Rio tenha que sofrer tanto com a ação dos marginais. Portanto, pode ficar tranquilo que o governo Federal estará presente no Rio de Janeiro, ajudando de todas as formas possíveis a voltar a normalidade, a combater o crime organizado, a combater os milicianos, para que o povo do Rio de Janeiro volte a ter tranquilidade.”

Governo será implacável com o crime organizado

O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, afirmou no programa Roda Vida, na noite desta segunda-feira (23), que o governo será “implacável” no combate ao crime organizado e mencionou as ações em andamento contra as organizações criminosas em todo o país. Ele enfatizou a retirada de recursos, automóveis e aeronaves dessas organizações, bem como a criação de programas para retirar armas de alto calibre de circulação.

“Estamos fortalecendo essa parceria com os estados e garantindo a presença de forças de segurança federais no Rio de Janeiro para apoiar a inteligência. Todas as medidas necessárias serão adotadas pelo nosso governo. O governo vai ser implacável no combate ao crime organizado. Olhamos com absoluta perplexidade e atenção o que aconteceu no Rio de Janeiro hoje. E vamos discutir outras medidas.  Outras ações que deixe claro pra sociedade brasileira que esse é um governo que será implacável no combate ao crime organizado. todas as medidas que tiverem que ser adotadas nesse sentido, serão adotadas pelo nosso governo”.

Da Redação

 

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