Governo Bolsonaro envia máscaras impróprias para profissionais de saúde

Mesmo depois de ser avisado que as máscaras não eram adequadas para proteger médicos e enfermeiros, o Ministério da Saúde se recusou a trocar os equipamentos

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Além de não agir como deveria no enfrentamento da Covid-19, que já matou mais de 282 mil brasileiros, o governo Bolsonaro, quando faz algo, faz de forma incompetente. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Ministério da Saúde forneceu máscaras impróprias para profissionais de saúde que estão na linha de frente do combate à pandemia. O Ministério Público Federal (MPF) investiga o caso.

Esse novo capítulo de atentado contra a vida promovido pelo governo foi denunciado nesta quinta-feira (18) pela Folha de S. Paulo. O jornal teve acesso a um documento de 13 de janeiro no qual a presidência da Anvisa aponta que as máscaras analisadas, de modelo KN95, não são indicadas para uso hospitalar.

No documento, a Anvisa deixa claro que recebeu diversas reclamações das secretarias de Saúde dos estados e que alertou o Ministério da Saúde sobre o perigo que as máscaras representavam para a vida de médicos e enfermeiros. Mesmo assim, segundo o jornal, o ministério distribuiu o material e se recusou a substituí-lo.

“A pasta as máscaras entre julho e dezembro de 2020. E não só se recusou a recolher os produtos e a substituí-los, segundo esses documentos, como enviou mais máscaras ‘non-medical’ para uso hospitalar”, informa a reportagem.

Inquérito civil

A posição da Anvisa foi enviada ao MPF em Brasília. Em 3 de fevereiro, o órgão do Judiciário instaurou inquérito civil para investigar o caso. O Ministério da Saúde tentou se justificar afirmando que a empresa contratada garantiu que as máscaras apresentam “eficácia alta”, equivalente aos modelos N95 e PFF2.

Chama a atenção, no entanto, o fato de que a empresa em questão tem como representante no Brasil um executivo que atua no mercado de relógios de luxo suíços.

Descaso com a vida

São por ações assim, de total descaso com a preservação da vida, seja de pacientes, seja de profissionais de saúde, que a política do governo Bolsonaro é considerada genocida.

Após criticar medidas de distanciamento e o uso de máscaras, e até de recusar a oferta de vacinas, o governo fez o Brasil se tornar o lugar do mundo onde mais se morre por Covid-19 e deixou o povo abandonado, sem hospitais e sem renda.

Da Redação, com Folha de S. Paulo

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