Governo precisa investir e ser ágil para garantir saúde e renda, apontam Gleisi, Mercadante e Teixeira

Em debate com o ex-ministro e o com o deputado, presidenta cobrou rápida sanção para renda básica e destacou propostas do PT para defender empregados e empresas

A crise do coronavírus tem exigido urgência e atenção de todos os governos no mundo. No Brasil, no entanto, Jair Bolsonaro (sem partido) desdenha dos riscos à saúde e, sem apresentar nenhuma proposta para ajudar a economia do país, defende o fim do isolamento recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Diante da inércia do governo federal, o Partido dos Trabalhadores tem apresentado as propostas necessárias para enfrentar a pandemia, como a renda básica de R$ 1.200 aprovada na Câmara dos Deputados, e a defesa de investimento maciço no Sistema Único de Saúde (SUS).

A presidenta Gleisi Hoffmann, o ex-ministro Aloizio Mercadante e o deputado federal Paulo Teixeira exaltaram a aprovação do benefício aos trabalhadores informais e cobraram agilidade do governo Bolsonaro para sancionar a medida. “Precisamos pressionar o governo para ser ágil. Eu espero que o presidente sancione no mesmo dia em que o Senado Federal aprovar. Espero que eles estejam preparando já a regulamentação da medida. Se eles são responsáveis e querem ajudar o trabalhador brasileiro, isso já vai estar pronto”, cobrou Gleisi.

Mercadante, por sua vez, destacou o papel do PT e dos outros partidos de oposição e lembrou que Bolsonaro e Paulo Guedes queriam dar R$ 200 aos brasileiros. “Quero cumprimentar o PT, o companheiro Teixeira e a presidenta Gleisi que evitaram que fosse R$ 200. Ninguém vive com isso. Precisamos de quarentena para proteger a saúde dos trabalhadores, mas também precisamos de renda para que as famílias possam sobreviver. Temos de enfrentar essa visão neoliberal de estado do governo Bolsonaro. Defender a vida e proteger o SUS”, apontou o ex-ministro da Ciência e Tecnologia.

Já o deputado Paulo Teixeira destacou a urgente necessidade de se fazer investimentos públicos. O parlamentar lembrou que a decretação do estado de calamidade, aprovado pelo Congresso Nacional, liberou o governo federal para atuar e conter a crise. “No momento que essa epidemia chegou, o papel do PT, dirigido pela presidenta, foi de dizer que precisamos tirar as amarras do orçamento federal para gastar com a saúde e a proteção social, na defesa dos empregos e empresas. E por isso votamos rapidamente o estado de calamidade. Portanto, hoje o Brasil pode investir em saúde como deve ser feito, para termos leitos, testes, médicos, enfermeiros e equipamentos”, exaltou Teixeira.

Irresponsabilidade do Bolsonaro e as propostas do PT

 

A presidenta e os companheiros Mercadante e Teixeira também comentaram a absurda campanha lançada por Bolsonaro, contra o isolamento. Ao custo de R$ 4,8 milhões, o governo federal lançou uma campanha – “O Brasil não pode parar” – para defender o fim da quarentena colocando em risco a vida de milhões de brasileiros. A medida, inclusive, foi responsável pelo rápido crescimento do número de mortes na Itália pelo coronavírus.

Gleisi condenou a iniciativa de Bolsonaro e fez um alerta: “o que está acontecendo nos outros países mostra que a doença cresce rapidamente, que o número de mortes é grande. Países que não tomaram medidas com antecedência estão pagando um alto preço. A cidade de Milão, na Itália, fez uma campanha igual a que Bolsonaro lançou e resultou em milhares de mortes. Ao invés de gastar com campanha, o governo tem que colocar dinheiro na saúde, na economia pagando salários, seguros emergenciais igual o que aprovamos.  Ficamos preocupado e estarrecidos com as atitudes que governo ta tomando. Fazer campanha para as pessoas voltarem para as ruas, voltarem aos trabalhos é muita irresponsabilidade”, criticou.

O ex-ministro Mercadante aproveitou para reforçar a importância do isolamento para frear o crescimento dos casos de coronavírus. “Estamos vivendo uma pandemia de um vírus que não temos um retroviral, um fármaco ou vacina. Estamos em uma situação de risco, ela não é uma ‘gripezinha. É preciso lembrar que o no prazo de seis dias, o número de mortes na Espanha e Itália, que passam por uma situação muito difícil, foi menor do que no Brasil. A Itália que brincou, como prefeito de Milão, está contando caixões. Uma tragédia histórica diante da irresponsabilidade. A única saída no momento é o isolamento social” exalta o ex-ministro.

O deputado Paulo Teixeira também criticou a irresponsabilidade de Bolsonaro e destacou que diante da inércia do governo federal, o PT tem mais propostas para apresentar no Congresso. “Nós estamos vivendo um drama que a muito a humanidade não vivia. Diante de um presidente que nega a gravidade da crise e que desorienta o povo brasileiros, nós do PT vamos garantir a renda e proteger o emprego formal e as empresas”, aponta o parlamentar, que junto com a presidenta Gleisi vai apresentar na segunda-feira a medida.

“Agora queremos fazer um programa para as empresas e empregados privados. O governo que oferecer um crédito para ser pago depois, mas micro e pequenas empresas não tem condições de pagar. O governo tem que entrar pagando os salários. Isso é investimento e não permite que o Brasil pare. Aí as pessoas não terão que optar entre perder seu emprego ou sair na rua e correr o risco com o vírus. Temos de colocar dinheiro na economia nacional”, destacou a presidenta do PT

Da Redação da Agência PT de Notícias

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