Grito dos Excluídos marcham em defesa de Dilma e contra manipulação da mídia

O Grito exige a garantia da manutenção do mandato da presidenta Dilma Rousseff e teve como tema “Que país é esse que mata gente, que a mídia mente e nos consome?”

Integrantes de movimentos sociais participam da 21º marcha Grito dos Excluídos, após o desfile do 7 de setembro, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Mais de 1,5 mil manifestantes marcharam no Grito dos Excluídos em Brasília, na manhã desta segunda-feira (7), em defesa do governo da presidenta Dilma Rousseff, contra o ajuste fiscal e pela defesa de direitos conquistados. A marcha teve início logo ao final do desfile cívico oficial de 7 de Setembro.

Em sua 21ª edição, o Grito dos Excluídos mobilizou manifestantes em 25 dos 27 estados brasileiros e teve como tema “Que país é esse que mata gente, que a mídia mente e nos consome?”.

Como questões de ordem, o grupo cobrou a garantia da manutenção do mandato da presidenta Dilma Rousseff e mudanças na política econômica.

O Grito dos Excluídos é formado por movimentos sociais rurais e urbanos, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Central Única dos Trabalhadores, Central de Movimentos Populares (CMP), Frente de Luta pela Moradia (FLM), a Igreja Católica, entre outros.

Em São Paulo, cerca de 10 mil pessoas participam do ato em Aparecida do Norte, com a 28ª Romaria dos Trabalhadores e Trabalhadoras. Na capital, a concentração foi marcada para a Praça Oswaldo Cruz e uma missa na Catedral da Sé.

Em Fortaleza (CE), a manifestação foi na Praça Cristo Redentor e reuniu 4 mil pessoas e protestou contra a violência, especialmente a que vitima jovens da periferia, principalmente os negros. Da Praça, o grupo caminhou pela Avenida Monsenhor Tabosa até o Clube Náutico Atlético Cearense.

Em Recife (PE), o ato teve como temas a reforma política, com o fim do financiamento privado de campanha, a tributária e a democratização da mídia. As mais de 50 entidades reunidas na Praça Oswaldo Cruz, em Boa Vista, cobraram dos parlamentares postura de “verdadeiros representantes” da sociedade civil.

Entre as entidades, estão a CUT, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), sindicatos e Pastoral da Juventude. Após a concentração, o grupo segue em passeata pela Avenida Conde da Boa Vista até a Praça do Carmo, Santo Antônio, onde um ato público encerrará a edição deste ano.

Em Minas Gerais, a concentração na capital Belo Horizonte ocorreu Praça Raul Soares, de onde um grupo de mais de 100 pessoas caminhou até a Avenida Afonso Pena, local do desfile de sete de setembro. Entre diversos temas debatidos pelos participantes, os mais destacados foram, maioridade penal, reforma política, democratização da mídia e terceirização no mercado de trabalho.

A mais de 450 quilômetros ao sul de Salvador (BA), o Grito dos Excluídos da cidade de Itapetinga foi marcado pela participação e destaque do Movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), convidado a participar do ato e levantar suas bandeiras de luta. O grupo saiu da praça Daire Walley, passando pelo centro da cidade e se encerrou na praça Henrique Brito.

Com gritos contra o genocídio da população negra a pobre do País, movimentos sociais e a pastoral da Igreja Católica se manifestaram na Praia da Avenida, em Maceió, durante o desfile das forças da Segurança Pública do Estado de Alagoas.

Na capital Federal, o Grito dos Excluídos caminhou do Museu da República à Praça dos Três Poderes. Junto com simpatizantes ao governo, os movimentos sociais declararam apoio à manutenção do mandato presidencial, mas se posicionaram contra os ajustes econômicos e pediram reformas.

Da Redação da Agência PT de Notícias

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