Humberto: lambança bolsonarista prejudica setor químico do país

Redução do imposto de importação de resinas plásticas ameaça polos geradores de emprego no país, de acordo com Humberto. Senador pediu revisão da medida ao governo Lula

Foto: Alessandro Dantas

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A indústria química nacional é responsável pela contribuição de quase R$ 1 trilhão ao Produto Interno Bruto (PIB) nacional, sendo uma máquina de geração de emprego e renda. Mas essa importância foi completamente ignorada pela gestão Bolsonaro, que adotou medidas que asfixiaram o setor, paralisando linhas inteiras de produção e beneficiando apenas interesses estrangeiros.

“Uma das medidas mais abruptas e injustificadas foi a redução do imposto de importação de resinas plásticas, que ameaça a operação de enormes polos geradores de empregos em todo o Brasil, como os localizados no Rio Grande do Sul, no Rio de Janeiro, em São Paulo, na Bahia, em Alagoas e no meu estado de Pernambuco”, destacou o senador Humberto Costa (PT-PE), em discurso ao plenário nesta quinta-feira (9).

Segundo o parlamentar, a “lambança” adotada pelo governo anterior vem gerando enormes prejuízos à planta petroquímica de Suape, que concentra 100% da produção nacional de resinas PET e tem capacidade para atender toda a demanda doméstica.

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“Para uma planta ser eficiente e viável, é necessário que esteja operando com ocupação, no mínimo, de 80% de sua capacidade. E não é o que vemos hoje no país, em razão dessas medidas danosas e desastradas tomadas pela administração do ex-ministro da Economia Paulo Guedes e Bolsonaro, que fizeram com que plantas inteiras parassem em Pernambuco, deixando de produzir mais de 200 mil toneladas por ano”, criticou.

A redução das alíquotas de importação, ainda de acordo com Humberto, foi feita de forma arbitrária sem planejamento, sendo que os preços praticados no Brasil eram inferiores à paridade de importação com a Ásia. Para se ter uma ideia, o índice da taxa praticada para a importação da resina PET caiu de 11,2% para míseros 4,2%.

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“Ou seja, foi um ato deliberado de asfixiamento da indústria nacional, a única produtora de resinas PET em toda a América do Sul, com incontáveis elos em toda a cadeia produtiva”, disse o senador.

Pernambuco, por exemplo, tem a única planta de Ácido Tereftálico Purificado da América do Sul, que produz 720 mil toneladas por ano do produto. Os investimentos totais da empresa somam mais de US$ 4 bilhões.

“Já se vão sete meses desde a redução da alíquota e a situação é insustentável porque as margens de lucro são inviáveis, e a indústria é obrigada a reduzir os seus volumes de produção, paralisando totalmente algumas linhas”, lamentou o parlamentar.

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Confiança em Lula

Humberto Costa prediu a revisão da redução das alíquotas de importação ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, e ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

“Eu estou confiante de que o governo do presidente Lula – comprometido com a indústria nacional e com a geração de emprego e de renda para o nosso povo – vai reverter essa lambança produzida pelo amadorismo do governo anterior”, disse.

As principais empresas do mundo da área química estão no Brasil. É a 6ª maior matriz do planeta neste segmento, contribuindo com mais de 12% do PIB da indústria de transformação nacional, o 3º maior setor do país.

Do PT no Senado

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