Inadimplência e endividamento das famílias brasileiras seguem em alta

Pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) aponta novo recorde, em 12 anos, no número de contas com pagamentos atrasados

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Inadimplência e endividamento das famílias brasileiras seguem em alta

A situação financeira das famílias brasileiras permanece em declínio. O número de famílias com o pagamento das contas em atraso bate novo recorde em maio, com mais de 28% inadimplentes.

Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), que aponta maior índice em 12 anos, desde o início da pesquisa.

Em abril, o percentual de inadimplentes era de 28,6%, com 0,1 ponto percentual mais baixo. Há um ano, em maio de 2021, o índice era de 24,3% – 4,4 pontos a menos.

Além do enfrentamento ao desemprego, carestia, fome e das contas em atraso, continua alto o número de famílias endividadas. Conforme a CNC, o percentual ficou em 77% em maio, assim como no mês abril.

Sobre o índice, a CNC aponta que “as famílias estão enfrentando dificuldades para honrar suas dívidas no mês, pois já estão com o orçamento muito apertado não só por conta das dívidas, mas também pela inflação ao consumidor acima dos 12% anuais”.

Cartão de crédito

A dívida que mais empurra os brasileiros e brasileiras para o sufoco financeiro continua sendo o cartão de crédito, que é responsável pelo endividamento para 88,5% das famílias endividadas.

Segundo a CNC, em maio, o comprometimento médio da renda familiar com dívidas chegou a 30,4%, o maior percentual desde agosto do ano passado (também 30,4%).

Do total de endividados, 22,2% precisaram de mais de 50% da renda para pagar dívidas com bancos e financeiras, proporção mais elevada desde dezembro de 2017.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que um trabalhador brasileiro ganha hoje, em média, menos de R$ 2.600 por mês, valor mais baixo do que há dez anos, quando o Brasil era governado pelo Partido dos Trabalhadores (PT).

A taxa básica de juros da economia, a Selic, está em 12,75% ao ano –o triplo da do ano passado. A inflação do governo de Bolsonaro, acumulada em 12 meses, supera os 12%.

Da Redação, com informações do Brasil de Fato

 

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