Independência é soberania, democracia e comida na mesa
O Brasil chega ao 7 de Setembro com sua independência atacada por um presidente que não respeita a democracia, a soberania e o povo brasileiro. Mas é possível reconquistá-la
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Independência não se proclama. Independência se constrói diariamente e, principalmente, se vive. Isso significa que a independência de um país nunca é uma garantia. É algo que precisa ser preservado, porque pode ser perdido. Mas também pode ser reconquistado.
Como dizer que um país é independente se não consegue garantir comida a seu povo? Como dizer que um país é independente se tem um presidente que escolhe não proteger seus compatriotas e os deixa morrer aos milhares numa pandemia?
Como dizer que um povo é independente se está à mercê de um presidente que dá cada vez menos saúde e educação e um salário cada vez menor para sua população, que entrega o patrimônio nacional aos interesses estrangeiros e que esconde a verdade, seja por meio de mentiras contadas diariamente, seja por meio de sigilos de 100 anos? De um presidente que se mantém no poder graças à compra de apoio com orçamentos secretos?
Lula quer voltar porque não admite ver o Brasil ter sua independência destruída, dia após dia, por um presidente incompetente e desumano. “Nós estamos de volta para fazer uma nova independência deste país. Uma nova independência que garanta dignidade, respeito e harmonia do nosso povo”, disse.
E lembrou que este ano, teremos dois dias de independência. O primeiro, claro, é o 7 de Setembro. “Mas a verdadeira independência acontecerá em 2 de outubro, quando o povo for à urna e transformar o Brasil em um país soberano”, previu.
Independência é…
…soberania de verdade
Um país independente é sobretudo um país soberano, ou, como Lula gosta de dizer, um país “dono do próprio nariz”. Em outras palavras, um país com a capacidade de tomar as decisões que quer e em benefício de seu próprio povo.
Já definiu Lula, certa vez: “Soberania não é apenas o país ser forte e ter independência. Soberania é o povo comer, estudar, trabalhar, ter saúde”.
…comida na mesa do povo
Lula também já disse: “Você não tem soberania com fome”. Afinal, como sonhar com independência se nem as necessidades básicas você consegue satisfazer? Se, para realizar o básico direito de se alimentar, você depende da caridade de outros?
A maior prova de que o país não vive de maneira independente é ter quase 60% de sua população sem garantia de que fará as três refeições todos os dias.
…acesso à saúde de qualidade
Depois da alimentação, a saúde é outro direito básico sem o qual ninguém pode se dizer independente. Sem um corpo saudável, forte, é difícil trabalhar, estudar, construir uma vida melhor.
Por isso, saúde sempre foi uma prioridade dos governos de Lula e do PT, que quintuplicaram o orçamento do setor e criaram o Samu, o Mais Médicos, as UPAs, a Farmácia Popular, o Brasil Sorridente e tantos outros programas que garantiam acesso à saúde de qualidade.
…educação para todo mundo
Nenhum país se desenvolve e passa a competir de igual para igual com outras nações sem antes investir em educação. Da mesma forma, ninguém alcança independência sem ter acesso à educação de qualidade. Sem ensino, ficamos sujeitos aos piores empregos e aos menores salários.
Por isso, para Lula, educação não é gasto, é investimento. “Esse país vai mudar a partir da educação. Juventude do meu Brasil, pagar para vocês estudarem não é gasto, é investimento. Porque cada jovem bem formado trará de retorno para o Brasil um cientista, um engenheiro.”
E isso deve ser para todos: “Eu só vou sossegar quando o filho de uma empregada doméstica puder sentar no mesmo banco de universidade da filha da patroa e disputar a mesma vaga em igualdade de condições”.
…um salário que rende mais
Quando Lula era presidente, o salário mínimo era reajustado acima da inflação todos os anos. E, junto com Dilma, ele fez a valorização real passar de 74%.
E o motivo é simples: Lula sabe que o maior desejo de toda trabalhadora e de todo trabalhador é sustentar a família com o resultado do próprio esforço. “A gente apenas quer ser respeitado, trabalhar, criar nossos filhos e cuidar da nossa família com o resultado do nosso trabalho.”
…o desenvolvimento do país
Um país independente é um país que anda para frente, que cresce economicamente para que a vida de sua população seja melhor. É por isso que Lula acredita em um Estado fortalecido, capaz de estimular esse crescimento, que se transforma em empregos, bens de consumo, moradia, estradas, energia elétrica, água encanada e esgoto em casa.
Com Lula e o PT, o Brasil chegou a ser a sexta economia do mundo. Hoje, andou para trás, caindo para a 12ª. “O Brasil não pode continuar sendo pequeno. Quando deixamos a Presidência, esse país estava crescendo. O Brasil era respeitado, era protagonista internacional. Hoje, esse país virou pária”, lamentou Lula.
…o país unido
A divisão interna nos torna mais fracos e, por isso, é a maior ameaça para a independência de um país. Um presidente como Jair Bolsonaro, que trabalha para dividir os brasileiros, estimula discursos de ódio, ataca as demais instituições e lança dúvidas sobre as eleições e a democracia, é um inimigo da independência.
Lula é o oposto. Trabalha para unir o Brasil. E deu a maior prova disso ao estender a mão a Geraldo Alckmin, seu adversário político no passado, hoje seu candidato a vice. Para explicar esse importante gesto de união, Lula cita sempre uma frase de Paulo Freire: “A gente precisa estar junto com os divergentes para combater os antagônicos”.
…o meio ambiente preservado
Sem meio ambiente, não há futuro, só há uma vida cada vez pior. E mesmo o crescimento econômico rápido pode acontecer com respeito à natureza. Lula já provou isso. Foi nos governos do PT que o Brasil se tornou a sexta maior economia do mundo e, ao mesmo tempo, alcançou a menor taxa de desmatamento da história.
Lula promete respeito ao meio ambiente se voltar a ser presidente: “Não haverá mais garimpo ilegal, desmatamento ilegal nem invasão em terras indígenas. Quem tenta invadir a terra são grileiros irresponsáveis, porque um fazendeiro responsável, que planta para exportar, sabe que não pode, porque os gringos não vão comprar mais as coisas que ele produz”.
…garantia de respeito às mulheres
Que nação pode se dizer independente se mais da metade de sua população, responsável por quase metade das famílias, não se sente livre, segura e respeitada? Políticas que garantam direitos às mulheres são parte essencial da construção de uma sociedade, logo de um país independente.
Para Lula e o PT isso é mais que claro, como já foi provado em seus governos, com iniciativas como a Lei Maria da Penha, a PEC das Domésticas, a Casa da Mulher Brasileira e tantas outras. “Se eu voltar a ser presidente, nós vamos ter que governar juntos. Vocês vão ter que participar das decisões das políticas públicas, porque eu não acredito que tenha um ser humano capaz de, sozinho, fazer as coisas”, disse, em encontro com lideranças femininas.
…todos tratados com igualdade
Se um país independente é o país que tem um povo independente, a discriminação, de qualquer tipo, é inimiga da independência. As várias formas de preconceito só servem para roubar de alguns grupos o direito de viver com dignidade e trabalhar para uma vida melhor.
Sobre isso, é bom lembrar um trecho do histórico discurso que Lula fez em 10 de março de 2021, no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, dois dias depois de finalmente provar sua inocência: “Não tenham medo de mim. Eu sou radical porque eu quero ir à raiz dos problemas deste país. Eu sou radical porque eu quero ajudar a construir um mundo justo, um mundo mais humano, um mundo em que trabalhar e pedir aumento de salário não seja crime. Um mundo onde a mulher não seja tripudiada por ser mulher, um mundo em que as pessoas não sejam tripudiadas por aquilo que querem ser. Um mundo onde a gente venha a abolir, definitivamente, o maldito preconceito racial. Um mundo que não tenha mais bala perdida. Um mundo em que o jovem possa transitar livremente pelas ruas de qualquer lugar sem a preocupação de tomar um tiro. Um mundo em que as pessoas sejam felizes onde quiserem ser. Que as pessoas sejam o que elas decidirem. Um mundo em que a gente tenha de respeitar a religiosidade de cada um. Cada um é o que quer. As pessoas podem ser LGBT e a gente tem que respeitar o que as pessoas fazem. Esse mundo é possível. Esse mundo é plenamente possível”.
…acesso à cultura
Para sermos independentes, precisamos, antes de mais nada, saber quem somos. O que nos torna únicos no mundo? A resposta, claro, não é simples, e só uma cultura viva, livre e pulsante ajuda um país a se enxergar.
Em todos os estados que visita, Lula faz questão de se reunir com o setor cultural. E o faz por dois motivos: primeiro, porque sabe que essa área, se apoiada pelo Estado, é capaz de ajudar no crescimento econômico do país, transformando-se em uma indústria e gerando milhões de empregos.
Em segundo lugar, justamente pela capacidade de mostrar o Brasil aos brasileiros. “O papel do Estado é garantir que as pessoas conheçam o Brasil na sua plenitude, e um país que não desenvolve a cultura é um país fadado a ser pobre espiritualmente”, disse.
…um governo transparente
Independência pode ser definida também como capacidade de escolher. E como escolher o caminho a seguir sem ter as informações necessárias para tomar a decisão?
Sim, é verdade que a verdade liberta. Mas o atual presidente, que adora citar o salmo da Bíblia que assim diz, é um inimigo da verdade. Além de mentir todos os dias, ainda decreta sigilo de 100 anos para esconder
Com Lula, a verdade podia vir à tona. Foram criados em seu governo o Portal da Transparência e a Lei de Acesso à Informação, e os órgãos de controle e da Justiça tinham autonomia para investigar.
…democracia e liberdade
Por fim, independência é liberdade. E liberdade é democracia. E democracia é muito mais que o direito de falar, pedir ou reivindicar. A verdadeira democracia, nos lembra Lula, é principalmente o direito de ter.
“Democracia não é o direito do cidadão dizer que está com fome; é o direito de comer o que quiser e na hora que quiser. Democracia não é pedir educação; democracia é poder estudar. É ter emprego, é ter acesso à cultura. Por isso, nossa palavra de ordem tem de ser ‘volta, democracia’.”
Da Redação